Trump diz que segue na corrida presidencial: “Eu nunca vou desistir”
Trump, apesar da acusação federal de 37 crimes emitidas contra ele, afirmou que pretende seguir como candidato à reeleição dos EUA
atualizado
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que pretende continuar como pré-candidato à reeleição, mesmo depois da última abertura de investigação contra ele, por retirada de documentos confidenciais da Casa Branca, e o indiciamento por outros crimes. “Eu nunca vou desistir”, prometeu ele durante entrevista para o site Politico.
“Olha, se eu tivesse que sair, teria saído antes da corrida de 2016. Aquela foi difícil. Em teoria, ela não era possível”, afirmou o republicano, em seu avião particular, em um voo entre os estados da Georgia e da Carolina do Norte. Trump não está impedido de concorrer à Presidência. Pelo menos não por enquanto.
Aliás, nas palavras dele, ele nunca se perdoaria se desistisse de concorrer agora. “Eu não fiz nada de errado”, afirmou, ao se dizer injustiça pelos indiciamentos. “Ninguém quer ser indiciado. Eu não quero ser indiciado. Nunca fui indiciado. Passei a vida toda, agora sou indiciado a cada dois meses. Tem sido político”, acusou.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) notificou Trump sobre a abertura de uma investigação para apurar a suposta retirada de documentos confidenciais da Casa Branca encontrados na casa dele, na Flórida. Além disso, na última sexta-feira (9/6), o ex-presidente foi indiciado por violar Lei de Segurança Nacional e conspiração para obstruir a Justiça dos EUA. Segundo Jack Smith, conselheiro especial do Departamento de Justiça, são 37 acusações. Trump deve comparecer ao tribunal, em Miami, na terça-feira (13/6).
“Temos um conjunto de leis neste país e elas se aplicam a todos”, afirmou Smith, Conselheiro Especial do Departamento de Justiça. Na entrevista, Smith se tornou um dos alvos de Trump.
Segundo o ex-presidente, o caso contra ele é frágil. “São bandidos e degenerados que estão atrás de mim”, disse Trump. Smith também investiga o papel de Trump em instigar o motim de 6 de janeiro no Capitólio.