Trump culpa políticas migratórias de democratas por atentado em NY
O atentado aconteceu no sudoeste de Manhattan, quando Sayfullo Saipov atropelou com seu veículo várias pessoas que estavam no local
atualizado
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O presidente dos EUA, Donald Trump, insistiu nesta quarta-feira (1º/11), na necessidade de mudar o atual sistema de imigração do país por outro “que se baseie no mérito”, após o atentado realizado na véspera em Nova York por um imigrante do Usbequistão.
Em uma série de tuítes, Trump repercutiu uma notícia veiculada por vários meios de comunicação, entre eles a emissora ABC, que afirma que o autor do atentado, Sayfullo Saipov, um usbeque de 29 anos, chegou aos EUA há sete anos graças ao Programa Anual de Visto de Diversidade, um sorteio aleatório de vistos para pessoas de nações com baixas taxas de imigração no país, popularmente conhecido como loteria de vistos.
Pouco depois, Schumer respondeu às críticas de Trump em um comunicado dizendo que a imigração é algo bom para os EUA. “Presidente Trump, ao invés de politizar e dividir os EUA, o que ele sempre parece fazer em épocas de tragédias nacionais, deveria focar na solução real – o financiamento do antiterrorismo -, cujo orçamento ele propôs cortar recentemente.”
Em seguida, Trump citou uma declaração do ex-agente da CIA Tony Shaffer, que disse à emissora Fox que o senador Schumer “ajuda a importar os problemas da Europa”, e prometeu que vai “acabar com esta loucura”.
O atentado aconteceu no sudoeste de Manhattan, quando Saipov atropelou com seu veículo várias pessoas que estavam no local, algumas delas numa ciclovia perto da margem do Rio Hudson. As autoridades nova-iorquinas qualificaram o atropelamento, que resultou em oito mortos e mais de dez feridos, de um “covarde ato de terrorismo”.
Saipov, que de acordo com os depoimentos de pessoas que estavam no local gritou “Allahu akbar” (Deus é o maior, em árabe), foi atingido por um ou vários disparos no abdômen ao sair do veículo e foi levado para um hospital.
Depois do atentado, Trump anunciou no Twitter que ordenou “mais rigidez” aos vetos a cidadãos estrangeiros, sem oferecer nenhum detalhe.
O plano de princípios de Trump para uma futura reforma migratória, enviado ao Congresso em outubro, busca um sistema que se baseie no mérito com limites às permissões de residência – os green cards – para cônjuges e filhos mais novos daqueles que já vivem nos EUA, assim como criar um sistema de pontos para obter esses cartões.
Em agosto, Trump manifestou apoio a um projeto de lei dos senadores republicanos Tom Cotton e David Perdue que pretende reduzir pela metade a entrada de imigrantes legais nos EUA ao longo da próxima década, por meio da redução na concessão de permissões de residência.
Além disso, Trump tentou restringir a entrada aos EUA dos cidadãos de seis países de maioria muçulmana (Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália e Chade), com um veto que permanece parcialmente bloqueado pela Justiça americana. Com informações da EFE e do New York Times.