Trump critica imigrantes que vêm de “países de m…”
Presidente usa linguagem grosseira ao dizer que EUA deveria receber noruegueses, e não haitianos ou africanos
atualizado
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O presidente Donald Trump manifestou na quinta-feira (11/1) sua frustração com a questão da imigração durante encontro com congressistas no Salão Oval, quando eles discutiam sobre garantir a entrada nos EUA de imigrantes do Haiti, de El Salvador e de países africanos, como parte de um acordo migratório.
“Por que estamos recebendo todas essas pessoas de países de m…”, disse o presidente, referindo-se aos imigrantes dos países citados pelos congressistas. Então, Trump sugeriu que os EUA poderiam trazer mais pessoas de países como a Noruega, cuja primeira-ministra ele recebeu na quarta (10). O presidente, segundo um funcionário da Casa Branca, também sugeriu que os EUA poderiam receber mais imigrantes de países asiáticos, pois eles poderiam ajudar o país economicamente.
Trump citou explicitamente o Haiti ao dizer aos congressistas que os imigrantes desse país deveriam ser deixados de fora de qualquer acordo, disseram as fontes. “Por que precisamos de mais haitianos?”, questionou Trump, segundo pessoas que participaram da reunião. “Deixe-os fora”, acrescentou.Os congressistas americanos ficaram chocados com os comentários, disseram pessoas que presenciaram as reações. Os senadores Lindsey Graham (republicano) e Richard Durbin (democrata) propuseram cortar 50% do programa de sorteio de permanências e dar prioridade aos países que já estão no sistema, disse um funcionário da Casa Branca.
Repressão
Uma porta-voz presidencial defendeu a posição de Trump sobre a imigração, sem mencionar diretamente as declarações do presidente. Durante sua campanha à presidência, Trump adotou duras posições sobre a imigração, prometendo construir um muro na fronteira com o México e reduzir à metade a imigração legal, entre outras posições.
Funcionários do Departamento de Segurança Interna dos EUA ampliaram as operações anti-imigração desde o início do mandato de Trump. Esta semana, dezenas de lojas de conveniência da rede 7-Eleven em 17 estados foram alvo das operações. Os donos das franquias são acusados de contratar imigrantes em situação ilegal.