metropoles.com

Trump adota tom conciliador e prega união em 1º discurso após atentado

Ex-presidente também atacou Biden, criticou imigração e prometeu uma vida melhor para os norte-americanos, focada em economia e segurança

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Imagem colorida de Donald Trump
1 de 1 Imagem colorida de Donald Trump - Foto: Getty Images

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump discursou entre a noite desta quinta e madrugada de sexta-feira (19/7), horário de Brasília, pela primeira vez após o atentado que sofreu na Pensilvânia. O discurso era o mais aguardado na Convenção do Partido Republicano, em Milwaukee, evento que confirmou oficialmente a candidatura de Trump à Casa Branca.

As palavras de Trump destacaram a necessidade de união no país, mas não pouparam de críticas o Partido Democrata e o adversário Joe Biden. O ex-presidente também reafirmou a sua agenda focada em anti-imigração, protecionismo econômico e não-intervencionismo mundial.

Trump se colocou como um outsider, figura que personificou no primeiro pleito que disputou e venceu nos EUA. Ele disse que “os políticos” eram os responsáveis por rachar a nação. “Numa era em que os políticos acabam nos dividindo (as pessoas), é hora de nos lembrar que somos todos compatriotas. Somos uma nação sob Deus, indivisível com liberdade e justiça para todos.”

O ex-presidente frisou a importância de acalmar os ânimos e de se promover a união para o desenvolvimento nacional. “É o espírito que formou a América nos momentos mais difíceis. É o amor que vai levar os Estados Unidos de novo à sua grandeza. Apesar deste ataque horroso, estamos unidos aqui mais determinados do que nunca”, disse.

Veja momentos do discurso:

4 imagens
Ex-presidente deve apoiar indústria do petróleo
Donald Trump ergue punho em demonstração de força
Donald Trump durante discurso na convenção do Partido Republicano
1 de 4

Presidente Donald Trump homenageia vítima de atentado

Joe Raedle/Getty Images
2 de 4

Ex-presidente deve apoiar indústria do petróleo

Scott Olson/Getty Images)
3 de 4

Donald Trump ergue punho em demonstração de força

Andrew Harnik/Getty Images)
4 de 4

Donald Trump durante discurso na convenção do Partido Republicano

Getty Images

Após as palavras mais moderadas, o candidato Republicano partiu para o ataque com um discurso improvisado. “A inflação está comendo as pessoas vivas. Mesmo as pessoas com grandes salários não conseguem lidar, porque a inflação está destruindo (a renda)… Mas primeiro precisamos resgatar a nossa nação dessa liderança falha e incompetente”, disparou.

Para melhorar a renda dos norte-americanos, Trump disse que o caminho é reduzir impostos, facilitar financiamento imobiliário e evitar que a imigração ilegal prejudique a empregabilidade, sobretudo dos negros e hispânicos. Esta é uma parcela do eleitorado que tradicionalmente o ex-presidente enfrenta dificuldade de conseguir votos.

Imigração e política externa

A imigração ilegal foi chamada de “invasão” por Trump. Ele disse que os imigrantes levam pobreza e criminalidade aos norte-americanos. A solução apresentada por ele foi a continuidade da construção do muro na fronteira e a deportação de imigrantes, que, segundo ele, será a maior deportação da história.

Ao falar de economia, o candidato republicano prometeu várias vezes melhores condições de vida na saúde, redução de tributos, proteção a empregos e aumento da renda. “A classe média vai prosperar como nunca antes, e nós vamos fazer isso rapidamente.”

A política externa de Biden foi duramente criticada por Trump. O ex-presidente voltou a dizer que o confronto entre Israel e Hamas não teria existido se ele estivesse no poder. O republicano afirmou ainda que no fim do mandato dele não havia tantos conflitos internacionais.

Trump também citou que a Rússia não avançou sobre territórios de outros países enquanto ele era presidente, e que é respeitado por líderes rivais geopolíticos. “Posso acabar guerras com um telefonema”, frisou.

Atentado

O republicano também usou parte do discurso para relembrar o atentado que sofreu e agradecer as pessoas que o socorreram. “Eu estou aqui diante de você apenas pela graça do Deus todo poderoso.”

Trump fazia um comício na Pensilvânia, no sábado (13/7), quando foram disparados tiros. Ele foi atingido, de raspão, na orelha direita. Imediatamente, agentes do Serviço Secreto retiraram o ex-presidente do local e o levaram para uma unidade de saúde. O atirador, um jovem de 20 anos, foi atingido e morto.

Os tiros disparados contra Trump atingiram outras três pessoas. Uma delas morreu.

Pesquisa eleitoral

Trump aparece como favorito para vencer a corrida à Casa Branca no momento. Uma pesquisa da rede CBS News , divulgada nesta quinta, mostra o ex-presidente Donald Trump com 52% das intenções de voto. O candidato do Partido Democrata, Joe Biden, tem 47% da preferência do eleitorado. A pesquisa foi realizada após o atentado contra Trump na Pensilvânia.

A pesquisa da CBS/YouGov ouviu 2.247 eleitores registrados de 16 a 18 de julho, por meio de um painel on-line. A margem de erro varia de 2,7 pontos porcentuais até 4,5 pontos porcentuais.

Eles também fizeram uma simulação de um confronto hipotético entre Trump e a vice de Biden, Kamala Harris. Ela performou melhor que Biden, mas ainda atrás do republicano. Trump teve 51% e Kamala 48%.

Diagnosticado com Covid-19, Biden está recluso e impedido de fazer campanha no momento em que é pressionado para desistir da candidatura.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?