Trump admite interferência da Rússia nas eleições dos EUA
O presidente norte-americano disse ainda que não vai suspender qualquer sanção contra a Rússia e negou conluio para sua campanha
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e disse, nesta terça-feira (17/7), respeitar a conclusão das agências de inteligência do país a respeito da interferência da Rússia nas eleições de 2016. Na sexta-feira (13), 12 membros da inteligência russa foram indiciados pelo caso.
De certa forma, Trump desmente o que ele mesmo havia falado, em coletiva, em Helsinque, na Finlândia. nesta entrevista, o presidente norte-americano disse confiar na palavra do presidente russo, Vladimir Putin, negando, mais uma vez, qualquer interferência no processo eleitoral
A declaração do presidente foi rechaçada por parlamentares e pela opinião pública americana. Até aliados republicanos, como o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, criticaram Trump.
“Eu aceito a conclusão da nossa comunidade de inteligência de que ocorreu a intromissão da Rússia na eleição de 2016”, afirmou Trump, no primeiro compromisso ao voltar para os Estados Unidos. “Mas falo novamente: não houve qualquer conluio em torno da minha eleição.”
Trump também tentou explicar o motivo do encontro com Putin. Segundo ele, a relação entre os dois países se tornou “substancialmente melhor” e é melhor negociar com o russo do que hostilizá-lo. “Lidar bem com a Rússia e com a China é algo bom para nós”, disse.
O presidente norte-americano não vai suspender qualquer sanção contra a Rússia. Ele disse respeitar os aliados europeus, criticados por ele durante a viagem da semana passada ao Velho Continente. “Estamos trabalhando muito arduamente com os nossos aliados e continuaremos a ter grande união com os membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)”, disse.