Trump acusa Justiça de ser “corrupta” e diz que acusações são “piadas”
Durante evento no estado da Georgia, Estados Unidos, neste sábado (10/6), Donald Trump considerou as acusações contra si como “piadas”
atualizado
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Durante evento no estado da Georgia, Estados Unidos, neste sábado (10/6), Donald Trump considerou as acusações contra si como “piadas”. O ex-presidente norte-americano também acusou o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA de serem “corruptos”.
“Biden está tentando prender seu principal oponente político”, disse Trump após nova acusação na Justiça.
Ex-presidente dos EUA acusou o FBI e o Departamento de Justiça de serem “corruptos” em discurso neste sábado (10).
(Via: @SamPancher) pic.twitter.com/8TIYrS22O2
— Metrópoles (@Metropoles) June 10, 2023
“Biden está tentando prender seu principal oponente político”, disse Trump após nova acusação na Justiça. O político é pré-candidato nas eleições de 2024 e o processo poderá atrapalhar a campanha eleitoral junto ao Partido Republicano.
“Eles estão roubando, são desonestos, são corruptos. Esses criminosos não podem ser recompensados, eles devem ser derrotados”, afirmou.
O FBI encontrou e apreendeu dezenas de documentos confidenciais da residência de Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, em agosto de 2022. A defesa do ex-presidente por outro lado afirmou que todos os registros marcados como sigilosos teriam sido devolvidos ao governo dos Estados Unidos.
Entre os itens apreendidos pelos agentes federais na residência de Trump estão 20 caixas, pastas com fotos e uma carta escrita por Roger Stone, aliado antigo do político norte-americano.
Trump chegou a declarar que retirou o sigilo de todos os documentos encontrados em sua casa. No entanto, o ex-presidente não apresentou provas que comprovem a retirada.
Pagamento por silêncio
A investigação aponta que Trump teria pagado pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, na tentativa de encobrir um suposto caso extraconjugal com ela. O valor teria sido maquiado por meio de transações realizadas por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, e entregue dias antes de eleição presidencial vencida pelo republicano em 2016.
Em 2018, Stormy Daniels publicou um livro no qual descreveu o suposto caso. Eles teriam se conhecido em um torneio de golfe beneficente, em 2006. A esposa de Trump, Melania, não estava no evento e tinha acabado de dar à luz. O ex-presidente nega ter feito o pagamento ou ter mantido relações com a mulher.
Um pagamento em compensação de acordo de confidencialidade não caracteriza infração criminal Estados Unidos. Contudo, a transação teria sido um mês antes das eleições presidenciais e teria figurado nas contas eleitorais, o que poderia ser considerado uma violação de campanha.
O foco da apuração, porém, não é puramente o pagamento que teria sido feito à atriz. Os promotores investigam os reembolsos feitos pela Organização Trump para o advogado Michael Cohen e possíveis falsificações de registros comerciais, o que é considerado crime. Cohen cumpriu três anos de pena após condenação, em 2018, por irregularidades como evasão de impostos e irregularidades no financiamento de campanha.
Na tentativa de influenciar os eleitores, o ex-presidente chama as diversas investigações contra ele de “caça às bruxas” e se coloca como vítima de perseguição política e do sistema judiciário norte-americano.
Outros inquéritos
O incorporador imobiliário e ex-apresentador de reality shows também é alvo de outras investigações. Uma delas corre na Geórgia e apura a suposta tentativa de Trump e aliados de manipular o resultado das eleições presidenciais de 2020, quando o republicano perdeu no estado para o rival democrata Joe Biden.
Uma investigação federal conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA apura o caso dos documentos sigilosos encontrados no resort de Mar-a-Lago, onde Trump vive. O ex-presidente guardava papéis confidenciais mesmo após ter deixado a Presidência.
Trump também pode ser responsabilizado pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, o ex-presidente inflamou apoiadores, que invadiram e depredaram a sede do Legislativo americano contra o resultado das eleições.