Tropas sírias removem minas e bombas após captura de Palmira
As tropas sírias e milicianos pró-governo capturaram a cidade de Palmira no domingo (28/3) sob a cobertura de ataques aéreos russos, encerrando o controle do Estado Islâmico sobre a cidade que já durava 10 meses
atualizado
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Um oficial militar da Síria disse que esquadrões de bomba estão trabalhando na remoção de minas e bombas plantadas pelo grupo Estado Islâmico na histórica cidade de Palmira. Segundo a autoridade, os explosivos foram plantados em quase toda a cidade, incluindo áreas residenciais, bem como o centro histórico que abriga algumas das mais valiosas relíquias arqueológicas do Oriente Médio. O oficial falou nesta segunda-feira (28/3) sob condição de anonimato.
As tropas sírias e milicianos pró-governo capturaram a cidade de Palmira no domingo (28/3) sob a cobertura de ataques aéreos russos, encerrando o controle do Estado Islâmico sobre a cidade que já durava 10 meses.
Especialistas em antiguidades da Síria afirmaram estar chocados com a destruição que o Estado Islâmico causou dentro do museu de Palmira, onde dezenas de artefatos foram quebrados.
Durante a permanência dos extremistas na cidade, o grupo demoliu alguns dos seus mais conhecidos artefatos e monumentos, incluindo dois grandes templos de tinham mais de 1.800 anos e um arco do triunfo romano.
O chefe de antiguidades e museus da Síria, Maamoun Abdul-Karim, disse que uma equipe do seu departamento irá a Palmira para estimar as perdas, mas que serão necessários muitos dias para determinar a extensão dos danos.
Cinco anos
O diretor de antiguidades do governo, Maamoun Abdulkarim, disse que é possível fazer o restauro das edificações, alguns dos maiores tesouros arqueológicos de todo o Oriente Médio. “Com o apoio da comunidade internacional, nós podemos restaurar as ruínas de Palmira em cinco anos”, disse Abdulkarim.
Muitas das antiguidades da famosa cidade sobreviveram ao ataque do Estado Islâmico sem danos, disse o diretor. Segundo ele, fotografias tiradas recentemente indicavam que mais de 80% da cidade antiga estava em boas condições. “Eu esperava que o estrago fosse 20 vezes pior que isso”, comentou.