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Tropas russas usam estupros como “estratégia militar”, diz ONU

Segundo a a representante especial da ONU para Violência Sexual, Pramila Patten, militares russos querem “desumanizar vítimas”

atualizado

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civis tentam fugir da cidade e encontrar um refúgio seguro longe dos militares russos - Metrópoles
1 de 1 civis tentam fugir da cidade e encontrar um refúgio seguro longe dos militares russos - Metrópoles - Foto: Joe Raedle/Getty Images

Em entrevista à agência de notícias France Presse nesta sexta-feira (14/10), a representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Violência Sexual, Pramila Patten, afirmou que estupros e agressões sexuais na Ucrânia são uma estratégia militar russa para “desumanizar vítimas”. 

Na quinta-feira (14/10), Patten assinou em Paris, na França, um acordo com a ONG Bibliotecas Sem Fronteiras em apoio às vítimas de violência sexual em conflitos. 

“Quando mulheres e meninas são sequestradas durante dias e estupradas, quando se começa a violentar meninos e homens, quando vemos uma série de casos de mutilações de órgãos genitais, quando você ouve os depoimentos de mulheres que falam de soldados russos que usam viagra, trata-se claramente de uma estratégia militar”, explicou. 

A ONU verificou mais de 100 casos de estupros e agressões sexuais na Ucrânia. Segundo Patten, “não é uma questão de números”, pois esses são apenas os casos relatados. “É muito complicado ter estatísticas confiáveis durante um conflito ativo. Os números nunca refletirão a realidade, porque a violência sexual é um crime silencioso, o menos denunciado e o menos condenado”, ressalta a autoridade.

Um relatório divulgado no fim de setembro deste ano pela comissão internacional que investiga o conflito, criado a pedido do Conselho de Segurança das Nações Unidas, confirmou que as tropas russas cometeram crimes contra a humanidade.

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