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“Tropas russas deixaram minas em casas, ruas e carros”, diz Zelensky

“São projéteis que não explodiram, minas, minas de arame. Pelo menos vários milhares desses itens”, acusou o presidente ucraniano

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danos na região de Hostomel, enquanto os ataques russos à Ucrânia continuam, em 03 de abril de 2022 em Hostomel em Kiev Oblast, Ucrânia
1 de 1 danos na região de Hostomel, enquanto os ataques russos à Ucrânia continuam, em 03 de abril de 2022 em Hostomel em Kiev Oblast, Ucrânia - Foto: Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty ImageMetin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que as tropas russas estão deixando a região norte do país, mas acusou o exército de Vladimir Putin de espalhar minas por todas as partes.

Na noite desta segunda-feira (11/4), em pronunciamento gravado, Zelensky foi incisivo ao detalhar o caso. “Deixaram minas em todos os lugares”, pontuou.

Zelenskiy falou de “centenas de milhares de objetos perigosos”, incluindo minas e bombas não detonadas.

“O trabalho de segurança está em andamento nas regiões do norte do nosso país, de onde os ocupantes foram expulsos. As tropas russas deixaram para trás dezenas, senão centenas de milhares de objetos perigosos. São projéteis que não explodiram, minas, minas de arame. Pelo menos vários milhares desses itens são descartados diariamente”, acusou.

Os ocupantes teriam deixado minas em todos os lugares, segundo o presidente. “Nas casas que eles apreenderam, nas ruas, nos campos. Eles minaram a propriedade das pessoas, minaram carros, portas”, concluiu.

Zelensky também acusou o exército russo de planejar o uso de armas químicas no que chamou de “nova fase de terror”.

A declaração ocorre em meio a mudanças na estratégia militar. Agora, a Rússia foca em ataques no Leste do país, em regiões fronteiriças.

Zelensky expressou preocupação. “Hoje, os ocupantes emitiram uma nova declaração, que testemunha sua preparação para uma nova fase de terror contra a Ucrânia e nossos defensores. Um dos porta-vozes dos ocupantes afirmou que eles poderiam usar armas químicas contra os defensores de Mariupol. Levamos isso o mais seriamente possível”, frisou.

O líder ucraniano acrescentou: “Quero lembrar aos líderes mundiais que o possível uso de armas químicas pelos militares russos já foi discutido. E já naquela época significava que era necessário reagir à agressão russa com muito mais força e rapidez”.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.

A guerra completa, nesta segunda, 47 dias. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute a situação dramática que a Ucrânia está vivendo.

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