Tropas russas avançam e já cercam nove cidades ucranianas
Tropas, que cobrem uma extensão de 64 quilômetros, se aproximam de Kiev. Sirenes de alerta foram acionadas
atualizado
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Apesar de não terem tomado efetivamente o poder de nenhuma província ucraniana, as tropas russas já cercam ao ao menos nove cidades do país. Nesta terça-feira (1º/3), o Exército intensificou os ataques.
Além da capital Kiev, coração do poder ucraniano, Kharkiv, Mariupol, Berdyansk, Kherson, Chernihiv, Odessa, Lutsk e Liviv têm militares russos.
Há também as regiões separatistas de Donbass, Donetsk e Lugansk, que estão sob o domínio russo há dias. A Crimeia encontra-se na mesma situação — a cidade foi anexada ao território russo em 2014.
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Megacomboio
O Exército russo ampliou o megacomboio que cercará Kiev, capital ucraniana e coração do poder. As tropas, que cobrem um extensão de 64 quilômetros, se aproximam da cidade.
A intenção da Rússia é executar uma ação semelhante àquela feita quando as fronteiras da Ucrânia foram invadidas, em 24 de fevereiro.
Nesta terça-feira, por volta das 17h (horário de Brasília), sirenes de alerta foram acionadas. O sinal é um aviso para o risco de ataques.
Na prática, as tropas cercam o alvo e disparam ataques simultâneos, o que dificulta a reação e a defesa. Os detalhes da possível operação foram divulgados por agências internacionais de notícias. Na segunda-feira (28/2), o comboio tinha 27 quilômetros de extensão.
As forças russas se preparam para um ataque maciço à capital que, segundo informações da inteligência dos Estados Unidos, pode ocorrer em até 24 horas.
O megacomboio é formado por tanques, peças de artilharia, veículos de transporte, contêineres com armas e outros equipamentos de logística militar. O grupo está ao redor do aeroporto de Antonov, distante 25 quilômetros do centro de Kiev.
O Pentágono, órgão de segurança americana, informou que as tropas enfrentam alguns problemas, como falta de alimentos, e estão reorganizando a estratégia de como avançar sobre a cidade.
Torre alvejada
O Exército russo bombardeou uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana. O novo ataque matou ao menos cinco pessoas, segundo a Ucrânia, no início da tarde desta terça-feira (1º/3).
Minutos após ao bombardeio à torre de transmissão de TV em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lamentou o ocorrido. Zelensky atendia repórteres da CNN Internacional, quando recebeu a informação. Ele reagiu com tristeza, ficou pálido e atônito. “A gente está perdendo tempo”, resumiu, se referindo à necessidade de conter os ataques russos.
A investida é uma tentativa de impedir a circulação de informações sobre os conflitos, a estratégia militar e os pontos atacados mais recentemente. Canais de TV saíram do ar.
Estratégia
A Ucrânia vive o sexta dia de ataques. Kiev e Kharkiv estão sob fortes bombardeios – civis foram alvejados.
O Exército russo alertou que fará ataques a órgãos de serviço de segurança em Kiev, capital ucraniana e coração do governo do país. Essa é mais uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de tomar o controle do poder.
O objetivo, segundo o governo, é evitar “ataques de informação”. As mesmas agências comunicaram que os militares russos pediram para os civis ucranianos deixarem locais próximos dos serviços de segurança e das unidades de operações especiais.