Tribunal da Suécia mantém ordem de detenção europeia contra Assange
O fundador do WikiLeaks é procurado para ser interrogado no país por acusações de que ele estuprou uma mulher e molestou outra durante uma viagem ao país em 2010
atualizado
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Um tribunal da Suécia decidiu que o pedido do Ministério Público para deter o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sob suspeita de estupro deve permanecer em vigor, rejeitando uma petição recente de sua equipe de defesa de descartar o caso contra ele. A ordem de detenção vale para toda a Europa.
Assange, de 44 anos, é procurado para ser interrogado na Suécia por acusações de que ele estuprou uma mulher e molestou outra durante uma viagem ao país em 2010. Ele não foi acusado e nega as acusações.
O tribunal distrital de Estocolmo disse em um comunicado divulgado nesta quarta-feira que ainda havia causa provável para as suspeitas contra o australiano e que o risco permanece, e que ele tentará fugir da acusação ou da sanção, de alguma forma, se o pedido para detê-lo for retirado.
Em 9 de maio, seus advogados apresentaram um pedido de uma nova audiência, dizendo que o caso contra ele era fraco e devia ser abandonado. O tribunal de Estocolmo julgou que a audiência não era necessária, pois novas circunstâncias do caso tinham surgido
A decisão é a última reviravolta de um caso que tem levado Assange a se refugiar na Embaixada do Equador em Londres, onde lhe foi concedido asilo, por 3 anos e meio para evitar ser extraditado para a Suécia.
Ele argumenta que os esforços das autoridades suecas para levá-lo à Suécia para um interrogatório são um prelúdio para uma extradição para os EUA para enfrentar acusações do site WikiLeaks, que liberou milhares de documentos governamentais classificados. Os EUA não acusaram Assange e nem emitiram um pedido de extradição.
As autoridades suecas disseram que estão dispostas a interrogar Assange na Embaixada do Equador em Londres, mas ainda têm que chegar a um acordo com as autoridades equatorianas se isso deve ser feito.