Com trégua, caminhões de combustível e gás entram na Faixa de Gaza
Acordo de trégua entre Hamas e Israel inclui ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Reféns serão liberados a partir das 11h (de Brasília)
atualizado
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Israel confirmou que quatro caminhões-tanque de combustível e quatro caminhões de gás de cozinha entraram na Faixa de Gaza, desde que começou a valer a trégua de quatro dias entre Israel e o grupo extremista Hamas. O acesso dessa parte da ajuda humanitária está sendo coordenada pela ONU e por um órgão israelense.
Os caminhões entraram na parte sul da Faixa de Gaza pela passagem fronteiriça entre Rafah e o Egito.
Veja:
دخول شاحنات وقود إلى قطاع غزة بعد أسابيع من الحصار. pic.twitter.com/c5tbvcRR9a
— وكالة شهاب للأنباء (@ShehabAgency) November 24, 2023
De acordo com a Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (Cogat), de Israel, a entrega ocorre “com a aprovação do escalão político, no âmbito da trégua e do calendário de libertação dos reféns acordado com os EUA, mediado pelo Catar e pelo Egito”.
“O combustível e o gás de cozinha destinam-se ao funcionamento de infraestruturas humanitárias essenciais na Faixa de Gaza”, aponta nota da Cogat. Os meios de comunicação palestinos e israelenses confirmaram a entrada de caminhões.
Enquanto isso, Qadura Fares, comissário palestino para prisioneiros, afirmou que as 24 mulheres e 15 adolescentes previstos para serem libertados das prisões israelenses serão entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha na prisão militar de Ofer, em Israel, por volta das 11h (horário de Brasília).
O mesmo acontecerá com os 13 reféns nas mãos do Hamas.
“Depois que a Cruz Vermelha receber os prisioneiros [palestinos], os de Jerusalém irão para Jerusalém e os da Cisjordânia se reunirão no conselho municipal de Betunia, onde suas famílias estarão esperando”, confirmou Fares à agência de notícias Reuters.
O objetivo é que 150 mulheres e crianças sejam libertadas no acordo de trégua, que também resultará na libertação de 50 cativos israelenses detidos em Gaza. Há pelo menos 7.200 palestinos sob custódia israelense, segundo autoridades palestinas.
Apesar da trégua, “guerra não acabou”
Por outro lado, os militares israelenses continuam a apontar que o norte da Faixa de Gaza continua perigosa. E que o confronto só está em um período de cessar-fogo.
“A guerra ainda não acabou”, afirmou o porta-voz militar Avichay Adraee, numa mensagem em árabe aos civis de Gaza. “A pausa humanitária é temporária. O norte da Faixa de Gaza é uma zona de guerra perigosa e é proibido mover-se para norte. Para sua segurança, você deve permanecer na zona humanitária no sul”, disse.