“Tomaremos medidas adicionais e apropriadas”, diz Trump sobre Síria
O presidente dos EUA enviou carta ao comandante da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, a fim de justificar o ataque contra o país árabe
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu carta para o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, a fim de justificar o ataque militar contra a Síria, realizado na noite da última sexta-feira (13/4).No documento, o líder norte-americano ressalta que os EUA tomarão “medidas adicionais, necessárias e apropriadas para promover os interesses nacionais”, sem especificar quais ações podem ser adotadas.
O republicano afirma ainda que o objetivo da ação militar “era degradar a capacidade dos militares sírios de realizar mais ataques com armas químicas e dissuadir o governo sírio de usar ou proliferar esse armamento”. O ato militar foi realizado em conjunto com as Forças Amadas da França e do Reino Unido. Segundo Trump, os alvos foram “uma instalação de centro de pesquisa científica, uma instalação de armazenamento e um bunker”. “A ação veio em resposta ao uso contínuo e ilegal de armas químicas pelo governo sírio, inclusive no terrível ataque em Douma, em 7 de abril”.Trump alega que agiu de acordo com sua autoridade constitucional para conduzir as relações exteriores e pensando “nos interesses vitais de segurança nacional e política externa dos EUA com o objetivo de promover a estabilidade da região, para o uso e proliferação de armas químicas, e evitar um agravamento da atual catástrofe humanitária da região”.
O bombardeio
Damasco, capital da Síria, foi abalada por explosões que iluminaram os céus minutos após Donald Trump anunciar ataques aéreos alegando o uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad. Além dos EUA, a ação teve apoio do Reino Unido e da França.
Depois do bombardeio, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou por meio de comunicado que o ataque americano contra bases sírias “não ficará sem consequências”.
Foram atingidos, segundo a coalizão, quatro alvos descritos como locais de “capacidades químicas”: um centro de pesquisa científica em Damasco; uma instalação de armazenamento de armas químicas, localizada a oeste de Homs; um armazém de equipamentos de armas químicas; e um posto de comando.
O general Josefh Dunford, presidente do Joint Chiefs – um comitê de assessoramento do Pentágono –, garantiu que os alvos atingidos e destruídos estavam especificamente associados ao programa de armas químicas do regime sírio. “Também selecionamos alvos que minimizariam o risco para civis inocentes”, disse.