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Tiroteio em evento de caridade no Iêmen deixa 85 mortos

Centenas de pessoas estavam reunidas para receber alimentos quando a confusão começou. Tragédia é a pior não relacionada à guerra no país

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/Hani Mohammed/Agência Sputink
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1 de 1 hospital_no_iemen - Foto: /Hani Mohammed/Agência Sputink

Uma confusão durante um evento de caridade deixou pelo menos 85 mortos e outras dezenas de feridos na manhã desta quinta-feira (20/4) em Sanaã, capital do Iêmen. Segundo autoridades, a tragédia foi a mais mortal no país não relacionada à guerra civil – conflito que se arrasta há 8 anos e é a pior crise humanitária do mundo.

O porta-voz do Ministério do Interior, Abdel-Khaleq al-Aghri, informou que o tumulto ocorreu durante a distribuição de doações por comerciantes locais para a população vulnerável, em homenagem ao mês do Ramadã. Centenas de pessoas estavam reunidas em uma escola no centro da cidade para receber ajuda, estimada em cerca de R$ 45 por pessoa.

Testemunhas ouvidas pelo The Guardian apontam que homens armados atiraram para cima na tentativa de controlar a multidão, e parecem ter acertado a fiação elétrica do local, causando uma explosão. A movimentação causou pânico nos presentes, incluindo mulheres e crianças, e dezenas acabaram pisoteados.

Segundo autoridades locais, dois comerciantes responsáveis pela organização do evento foram detidos, e uma investigação está em andamento.

Guerra civil

Com o início do conflito entre forças pró-governo e os rebeldes houthis, o Iêmen mergulhou no que a Organização das Nações Unidas (ONU) classifica como uma das piores crises humanitárias do planeta. Tanto a coalização liderada pela Arábia Saudita quanto os rebeldes apoiados pelo Irã são acusados de cometer crimes de guerra.

Dados da ONU apontam que mais de 23 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no Iêmen, o país mais pobre da região árabe, principalmente nas áreas de alimentação, saúde e infraestrutura.

Até 2022, a ONU estimava que mais de 233 mil pessoas foram mortas no conflito armado, enquanto 4,3 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas após o início da guerra civil.

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