Tesla derruba 500 mil árvores para erguer fábrica; veja antes e depois
Empresa de Elon Musk desmatou equivalente a 329 campos de futebol para construção de fábrica. Manisfestantes denunciam incidentes ambientais
atualizado
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Para a construção de uma megafábrica da Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, também dono da rede X, uma área de 329 hectares de floresta acabou desmatada entre março de 2020 e maio de 2023, o equivalente a 329 campos de futebol. Cerca de 500 mil árvores foram cortadas, de acordo com a empresa de inteligência ambiental Kayrros, em uma região próxima a Berlim, na Alemanhã.
Em julho de 2023, o plano para expandir a fábrica da Tesla, com o objetivo de dobrar a produção de carros para 1 milhão por ano, foi aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente do estado de Brandemburgo.
Mesmo assim, dezenas de incidentes ambientais foram relatados no local, incluindo vazamento e derramamento de óleo diesel, tinta e alumínio.
Em um primeiro momento a empresa não se pronunciou sobre o caso, mas depois confirmou os incidentes. Segundo a Tesla, não houve nenhum dano ambiental e que, se fosse necessário, haveria medidas corretivas.
A contrução da fábrica sofreu diversas críticas e foi motivo de várias manifestações locais. Em maio deste ano, cerca de 800 pessoas participaram de um protesto e tentaram invadir a instalação da empresa, o que gerou um confronto entre a polícia e grupo.
Em março, foi ateado fogo a um poste de eletricidade, o que interrompeu a produção da fábrica por alguns dias. À época, Musk escreveu no X sobre o ocorrido. “Por que a polícia deixa os manifestantes de esquerda saírem tão facilmente?”, questionou o bilionário.
Karolina Drzewo, da aliança de campanha Turn Off Tesla’s Tap (Desligue a torneira da Tesla), explicou ao The Guardian, que por meio de análise, foi identificado que a produção de veículos elétricos da empresa causou não só destruição local da natureza, mas também danos globais por meio da mineração de metais.
“Em uma das regiões mais secas da Alemanha, muito do meio ambiente já foi destruído”, lamentou. “Uma expansão e, portanto, ainda mais destruição de florestas e perigo para a área protegida de água potável devem ser evitados.”