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Entenda recente tensão entre Coreias que causou ameaças de Kim Jong-un

Fim dos esforços de reunificação, uso de drones e explosão de estradas marcaram os últimos episódios de tensão entre as Coreias

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Imagem colorida, Ditador norte-coreano Kim Jong-un Coreia do Norte - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida, Ditador norte-coreano Kim Jong-un Coreia do Norte - Metrópoles - Foto: API/Gamma-Rapho via Getty Images

Tecnicamente em guerra desde a década de 50,  Coreia do Norte e Coreia do Sul vivem novo momento de tensão nesta semana, com Kim Jong-un ameaçando iniciar uma guerra contra o país vizinho.

O pontapé para a recente agitação militar entre os dois países aconteceu última sexta-feira (11/10), após o governo norte-coreano acusar a Coreia do Sul de infiltrar drones em seu território.

De acordo com o regime de Kim Jong-un, as aeronaves não tripuladas teriam sobrevoado o país nos últimos dias 3 e 9 de outubro, com propaganda anti-Coreia do Norte. O governo da Coreia do Sul negou ter conhecimento da ação, mas recebeu ameaças de retaliação.

A resposta norte-coreana ao incidente aconteceu quatro dias depois, quando o governo Kim determinou a explosão de estradas que ligam os dois países. 

Segundo comunicado do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, militares sul-coreanos responderam as explosões com tiros. Ninguém ficou ferido durante a ação.

 

Isolamento, fim dos esforços de reunificação e ameaças

Além das retórica agressiva entre Norte e Sul, que incluí ameaças da utilização de armas nucleares por parte da Coreia do Norte, a recente tensão surge em meio a um distanciamento entre os dois lados.

Os países, um dia, já foram uma só nação, mas foram divididos em 1945 pelos Estados Unidos e a extinta União Soviética.

A divisão provocou uma guerra entre os dois países, que durou de 1950 a 1953. Após três anos de conflito, um cessar-fogo foi alcançado, mas sem uma solução definitiva para a situação.

Apesar de estarem tecnicamente em guerra desde o acordo de cessar-fogo, autoridades do Norte e Sul concordaram em iniciar um processo para uma possível reunificação entre os dois territórios em 2000.

Os esforços, no entanto, foram minados nos últimos anos em meio à retórica agressiva de Pyongyang e a proximidade de Seul com Washington.

Em janeiro deste ano, Kim Jong-un anunciou o fim das negociações para a reunificação pacífica entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, e ordenou o fechamento de agências de cooperação com o país vizinho.

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Soldados norte-coreanos trabalham na construção de um possível muro dentro da Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide as duas Coreias
Seul afirma que desde o começo das obras, soldados da Coreia do Norte cruzaram a fronteira de forma breve
Desde o início do mês, o mesmo incidente aconteceu ao menos três vezes
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Segundo o governo da Coreia do Sul, governo Kim Jong-un tem realizado obras na fronteira

Divulgação/Yonhap News Agency
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Soldados norte-coreanos trabalham na construção de um possível muro dentro da Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide as duas Coreias

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Seul afirma que desde o começo das obras, soldados da Coreia do Norte cruzaram a fronteira de forma breve

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Desde o início do mês, o mesmo incidente aconteceu ao menos três vezes

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Meses depois, a inteligência sul-coreana identificou que militares norte-coreanos trabalhavam na construção de um muro entre os dois territórios, em uma região próxima a fronteira. 

A intensão da Coreia do Norte de se isolar da Coreia do Sul ficou mais clara na última semana. Na quinta-feira (9/10), o governo de Kim Jong-un anunciou medidas para “separar completamente” o território dos dois países, ligados por estradas e ferrovias.

Em um comunicado, o gabinete do líder da Coreia do Norte afirmou que a medida foi motivada por “práticas bélicas e agressões” na área que divide os dois países, além da proximidade da Coreia do Sul com os EUA.

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