Temperaturas globais devem atingir níveis recordes nos próximos 5 anos, alerta ONU
De acordo com relatório da ONU, existe a possibilidade de um dos próximos cinco anos ser o mais quente da história
atualizado
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Os próximos cinco anos serão marcados por temperaturas globais a níveis recordes por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño, que está ocorrendo naturalmente. O alerta foi feito, nesta quarta-feira (17/5), pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O relatório da agência da ONU afirma que existe 98% de chance de um — entre os próximos cinco anos — ser o mais quente desde o início de registros das temperaturas globais.
Intitulado Atualização Global Anual para Decadal do Clima, o documento é produzido pela agência da ONU em parceria com especialistas do Reino Unido.
Segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, o relatório não significa que a humanidade estará permanentemente excedendo a marca de 1.5°C, especificada no Acordo de Paris sobre Mudança Climática. Porém, ele mostra se tratar de um alarme de que esse limite será rompido com maior frequência no futuro. A marca de 1.5ºC é o chamado “limite seguro” das mudanças climáticas.
De acordo com o documento divulgado nesta quarta, existe 66% de chance de a temperatura média anual próxima à superfície global entre este ano e 2027 ultrapassar os níveis pré-industriais de 1.5°C por pelo menos um ano.
Um outro fator é que o fenômeno El Niño, que deve evoluir nos próximos meses, apareça em um cenário de combinação de mudança climática induzida por seres humanos que levará as temperaturas globais a patamares desconhecidos.
O relatório também mostra que o aquecimento do Ártico poderá ser três vezes mais alto que a média global.
Taalas acredita que esse quadro poderá causar impactos sobre a saúde, a segurança alimentar, o gerenciamento de mananciais de água e o meio ambiente.
Em 2022, a média de temperatura global foi de 1.15°C acima da média de 1850-1900.
A influência de resfriamento das condições do fenômeno La Niña sobre a maior parte dos últimos três anos controlou, temporariamente, tendência de aquecimento a longo prazo.
Com informações da ONU News