1 de 1 reunião eua e 40 países para apoio a ucrânia
- Foto: Reprodução/Twitter/@SecDef
O mundo está em alerta com a escalada da guerra no Leste Europeu. Os recentes ataques contra a Moldávia elevaram o nível da tensão na região. Estados Unidos e países europeus estão se preparando para enfrentar novos contornos do conflito.
Em uma reunião coordenada pelos EUA nesta terça-feira (26/4), mais de 40 nações discutiram estratégias de defesa e apoio para a Ucrânia, em um cenário de guerra prolongada e com possibilidade de ampliação.
O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, classificou o encontro como “movimento significativo”.
A Alemanha autorizará a entrega de sistemas antiaéreos à Ucrânia, conforme anunciou a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht.
Em uma evidente mudança na política cautelosa de Berlim sobre o apoio militar a Kiev, Lambrecht disse que o governo concordou em assinar a entrega de sistemas de armas antiaéreas Gepard.
Rússia irritada
A Rússia demonstrou irritação com as últimas movimentações contra o país. O Kremlin ameaçou o Reino Unido com “resposta proporcional” se os britânicos seguirem apoiando a Ucrânia em ataques contra o território russo.
“As Forças Armadas russas estão em prontidão 24 horas por dia para lançar ataques retaliatórios com armas de longo alcance de alta precisão”, alertou o governo russo em comunicado.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Nesta terça-feira, a Rússia decidiu interromper o fornecimento de gás natural para a Polônia. Após a notícia, autoridades polonesas descartaram a possibilidade de escassez do produto.
No campo diplomático, a Rússia expulsou três diplomatas suecos, em resposta à expulsão de funcionários russos por Estocolmo e à doação de armas para Kiev.
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, ironizou e disse que o que une a Ucrânia é “o medo dos animais dos batalhões nacionalistas”. A declaração foi reproduzida pela agência de notícias russa RAI.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir, depois de pelo menos três ataques ucranianos contra o território russo.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Além disso, ataques recentes contra a Moldávia estão assustando líderes globais, que temem que o conflito saia de controle.
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