Temer destacou o momento pelo qual o Brasil passa e discursou sobre a estabilidade econômica: “O novo Brasil, que está surgindo das reformas, é um país mais aberto ao mundo”. Destacou que a responsabilidade social sem a responsabilidade fiscal é “discurso vazio”, alfinetando sua antecessora Dilma Rousseff (PT).
“Um novo Brasil está surgindo com as reformas”, diz Temer na ONU
Seguindo a tradição das Nações Unidas, Temer foi o primeiro chefe de Estado a discursar na assembleia-geral
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Michel Temer (PMDB), seguindo a tradição das Nações Unidas, fez, nesta terça-feira (19/9), o discurso de abertura da 72ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Desde 1947, o Brasil é o primeiro a ter a palavra no plenário. O evento teve início às 10h no horário de Brasília e o peemedebista falou por cerca de meia hora.
“Com reformas estruturais, estamos superando uma crise econômica sem precedentes. Estamos resgatando o equilíbrio fiscal. E, com ele, a credibilidade da economia. Voltamos a gerar empregos. Recobramos a capacidade do Estado de levar adiante políticas sociais indispensáveis em um país como o nosso”, acrescentou.
Diplomacia
Ao iniciar seu discurso, o presidente falou sobre a necessidade de mais “diplomacia e negociação, nunca menos. De mais multilateralismo e diálogo, nunca menos. Certamente, necessitamos de mais ONU e de uma ONU que tenha cada vez mais legitimidade e eficácia”, disse Temer.
Temer também destacou a questão nuclear. “O Brasil manifesta-se com a autoridade de quem, dominando a tecnologia nuclear, abriu mão, voluntariamente, de possuir armas nucleares. O Brasil pronuncia-se com a autoridade de um país cuja própria Constituição veda o uso da tecnologia nuclear para fins não pacíficos. Reiteramos nosso chamado a que as potências nucleares assumam compromissos adicionais de desarmamento”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, iniciou a assembleia falando sobre a questão norte-coreana. Segundo ele, não são admissíveis “erros de cálculo”. Guterres reforçou a importância da ONU na solução da questão.
Ainda nesta terça, Temer tem encontros com o secretário-geral da ONU, António Guterres, com líderes do Oriente Médio: Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina; Abdel Fattah El-Sisi, do Egito; e Benjamin Netanyahu, de Israel. Também estão previstas reuniões com líderes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com empresários e investidores, e com o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab.
No ano passado, após o impeachment da petista Dilma Rousseff, Temer também discursou na Assembleia-Geral da ONU como presidente. Na ocasião, devido às críticas internacionais e acusações de “golpe”, o peemedebista reiterou o compromisso “inegociável” do país com a democracia.
(Com informações da Ansa)