Em Tel Aviv, familiares se reúnem na “Praça dos Reféns” durante trégua
A troca de reféns é resultado de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas. Essa trégua vai durar quatro dias
atualizado
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Com a expectativa da libertação do primeiro grupo de reféns israelenses e palestinos nesta sexta-feira (24/11), familiares dos detidos se reúnem na “Praça dos Reféns”, no centro de Tel Aviv, Israel.
A troca é resultado de um acordo de cessar-fogo entre o governo israelense e o grupo extremista Hamas. Essa trégua vai durar quatro dias para saída de reféns de ambos os territórios, além da entrada de ajuda humanitária e combustível na Faixa de Gaza.
Desde o início do conflito em 7 de outubro, parentes dos sequestrados ficam na “Praça dos Reféns“. No local eles prestam homenagens aos desaparecidos e clamam pela libertação dos detidos. Circulam nas redes sociais vídeos de mesas de jantar arrumadas para recebê-los.
Está previsto que 39 crianças e mulheres palestinas mantidas em prisões israelenses serão libertas nesta sexta, enquanto o grupo extremista libertará 13 reféns, de acordo com informações da emissora estatal egípcia Al Qahera News.
Tal número segue a proporção de três palestinos soltos para cada refém em Gaza. Essa medida foi confirmada pelo braço armado do Hamas, Al-Qasam, nessa quinta (22/11).
Trégua entre Israel e Hamas e liberação de reféns
O acordo prevê que, em troca da libertação de parte dos reféns capturados em Israel, o governo israelense liberte prisioneiros palestinos e promova “pausa humanitária” em Gaza. As tratativas contaram com a mediação do Catar e o apoio dos Estados Unidos (EUA).
Até o momento, ficou decidido que serão quatro dias de cessar-fogo, medida que pode ser prorrogada por mais um dia a cada 10 reféns israelenses liberados.
Também está liberada a entrada de centenas de caminhões de ajuda na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito, em Rafah. Eles podem entrar com comida, medicamentos e combustível, entre outros materiais.
Não haverá ataque aéreo por parte de Israel no sul de Gaza, mas as ofensivas estão liberadas no norte do território durante seis horas por dia. Os israelenses se comprometeram a não entrar com veículos militares em Gaza durante o cessar-fogo. Prometeram ainda que não vão efetuar prisões no decorrer desse período.