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Taxa de juros nos EUA sobe 0,5 ponto percentual, maior alta em 22 anos

É a segunda alta em dois meses, e eleva o patamar de juros para o intervalo entre 0,75% e 1% ao ano

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O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (4/5) uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, para o intervalo entre 0,75% e 1% ao ano. O aumento foi o segundo em menos de dois meses, e o maior desde maio de 2000.

Em uma tentativa de conter a inflação, o órgão estuda a possibilidade de outros seis aumentos dos juros — um por reunião — até o fim do ano. Em março, o país teve o primeiro aumento da taxa desde 2018.

“Apesar de a atividade econômica geral ter diminuído no primeiro trimestre, os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas permaneceram fortes. Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente”, diz nota do BC americano.

A elevação já era esperada pelo mercado financeiro, que vê a economia norte-americana sofrendo com os desequilíbrios de oferta e demanda em função da pandemia, preços mais altos de energia e incerteza frente à invasão da Ucrânia.

“Com o adequado fortalecimento da política monetária, o Comitê espera que a inflação volte ao seu objetivo de 2% e o mercado de trabalho continue forte. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais para 3/4 a 1% e prevê que os aumentos contínuos na faixa-alvo serão apropriados”, disse o Fed.

O Fed também determinou que reduzirá suas participações em títulos do Tesouro, dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências em 1º de junho. A posição é contrária à que o órgão adotou durante a pandemia, quando utilizou um programa de compra de títulos para estimular a economia.

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Com a nova decisão, os títulos do Tesouro terão venda limite de US$ 30 bilhões por mês e, depois de três meses, aumentará para US$ 60 bilhões por mês. Para dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, o limite será de US$ 17,5 bilhões por mês e, depois do prazo de três meses, aumentará para US$ 35 bilhões mensalmente.

“Para garantir uma transição suave, o Comitê pretende desacelerar e, em seguida, interromper o declínio no tamanho do balanço patrimonial quando os saldos das reservas estiverem um pouco acima do nível que considera consistente com reservas amplas”, disse o Fed.

“Uma vez que o escoamento do balanço tenha cessado, os saldos das reservas provavelmente continuarão a cair por algum tempo, refletindo o crescimento de outros passivos do Federal Reserve, até que o Comitê julgue que os saldos das reservas estão em um nível amplo”, finalizou o órgão norte-americano.

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