Talibã proíbe mulheres afegãs de frequentarem universidades
A proibição às mulheres vale tanto para instituições de ensino superior públicas quanto particulares, até segunda ordem
atualizado
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O Talibã proibiu que mulheres do Afeganistão acessem o ensino superior. As novas regras valem tanto para instituições públicas quanto particulares.
O jornal afegão Tolo News publicou carta do Ministério da Educação do Ensino Superior do Emirado Islâmico do Afeganistão que informa a proibição até novo aviso.
As restrições não valem apenas para o ensino superior. Autoridades do Afeganistão proibiram que meninas acessem escolas do ensino fundamental e médio, o que resultou em protestos.
A ativista Malala Yousafzai, ganhadora do Nobel da Paz, ficou conhecida no mundo inteiro em 2013, após ter sido baleada na cabeça pelos Talibãs a caminho da escola. O episódio ocorreu após a garota vir a público defender a educação para mulheres.
Extremismo no poder
O grupo extremista Talibã tomou o controle do Afeganistão, após a fuga do presidente, Mohammad Ashraf Ghani. O anúncio foi feito horas depois de o grupo cercar a capital do país, em 15 de agosto de 2021.
Pouco depois de retomar o poder, o grupo fundamentalista afirmou que vai reintroduzir execuções e amputações de membros de criminosos, ato que virou um dos símbolos do seu primeiro governo no Afeganistão, durante o período de 1996 a 2001.
Após a tomada do Talibã em Cabul, capital afegã, uma série de medidas foram feitas pela organização, como o apagamento de imagens de mulheres nos muros da cidade.