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Talibã diz ter tomado palácio em Cabul após saída de presidente do Afeganistão

Tomada ocorre 20 anos após o grupo extremista ter sido expulso da capital pelos Estados Unidos devido aos ataques de 11 de setembro

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Talibã quer rendição do governo afegão
1 de 1 Talibã quer rendição do governo afegão - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O grupo extremista Talibã afirmou ter tomado controle do palácio presidencial em Cabul, no Afeganistão, após a fuga do presidente, Mohammad Ashraf Ghani. O anúncio foi feito horas depois de o grupo cercar a capital do país neste domingo (15/8).

grupo chegou aos arredores da cidade no início deste domingo e reivindicou a rendição pacífica do governo. A informação de que Ashraf Ghani teria deixado o país foi publicada pelo portal de notícias local ToloNews.

A tomada de Cabul pelos talibãs ocorre 20 anos após o grupo extremista ter sido expulso da capital pelos Estados Unidos, que invadiram o país dias após os ataques de 11 de setembro de 2001.

A situação da região é tensa desde cedo. Em publicação no Twitter, a conta oficial do Palácio Presidencial do Afeganistão informou que foram ouvidos tiros em “várias áreas remotas de Cabul”. “As forças de segurança e defesa do país estão em coordenação com parceiros internacionais”, assinalaram as autoridades.

Mais cedo, a conta do Palácio Presidencial publicou imagens de Mohammad Ashraf Ghani conversando com autoridades sobre como garantir segurança aos cidadãos de Cabul, antes de deixar o país.

A capital do Afeganistão, Cabul, fica ao sul do país
A capital do Afeganistão, Cabul, foi cercada por membros do Talibã

Além disso, em vídeo no Twitter, o ministro do Interior em exercício, Abdul Satar Mirzakwal, disse que a cidade não seria atacada. Pontuou ainda que a transição de governo poderia ocorrer de forma pacífica.

Segundo o portal ToloNews, um porta-voz do Talibã, identificado como Zabihullah Mujahid, informou que, “para evitar saques e o caos”, suas forças entrariam em algumas partes de Cabul e ocupariam postos avançados que foram evacuados pelas forças de segurança.

“Ele pede ao povo que não entre em pânico durante a entrada do grupo na cidade”, informou a agência.

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Mohammad Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão

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Talibã quer rendição do governo afegão

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 Conflitos

A presença do Talibã no Afeganistão faz parte de um conflito que já dura anos. Em 2001, tropas dos Estados Unidos invadiram o país e expulsaram os membros do grupo extremista da região.

Em abril deste ano, no entanto, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a retirada de todos os militares do país até o mês de setembro. Após a saída de parte das tropas estadunidenses, o Talibã avançou novamente sobre a região.

Quando o Talibã governou o Afeganistão pela última vez, de 1996 a 2001, as mulheres não podiam trabalhar. Meninas eram impedidas de frequentarem a escola e todas tinham que cobrir o rosto e estar acompanhadas por um parente do sexo masculino se quisessem sair de casa.

Malala
A ativista Malala Yousafzai, ganhadora do Nobel da Paz, demonstrou muita preocupação com as mulheres e minorias após o anúncio de que o grupo extremistra Talibã cercou a capital do Afeganistão, Cabul, neste domingo (15/8).

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Ativista Malala é um exemplo de educação e empoderamento
Malala foi baleada pelos extremistas
Malala Yousafzai
Malala foi baleada a caminho da escola
<b>"Malala"</b> (2018): este documentário sobre a adolescente paquistanesa baleada por defender o direito das mulheres de seu país à educação retrata sua história, sua luta por sobrevivência e seus constantes esforços para alterar o status quo. Estreia em 1º de janeiro
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Prêmio Nobel da Paz, Malala se diz preocupada com mulheres afegãs

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Ativista Malala é um exemplo de educação e empoderamento

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Malala foi baleada pelos extremistas

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Malala Yousafzai

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"Malala" (2018): este documentário sobre a adolescente paquistanesa baleada por defender o direito das mulheres de seu país à educação retrata sua história, sua luta por sobrevivência e seus constantes esforços para alterar o status quo. Estreia em 1º de janeiro

Divulgação

Nas redes sociais, Malala pediu ajuda das potências internacionais. “Assistimos em completo choque enquanto o Talibã assume o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com mulheres, minorias e defensores dos direitos humanos”, afirmou.

“Poderes globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis”, completou a ativista.

Malala ficou conhecida no mundo inteiro, em 2013, após ter sido baleada na cabeça pelos Talibãs a caminho da escola. A bala entrou pelo olho esquerdo e atingiu ossos do crânio. O episódio ocorreu após a garota vir a público defender a educação para mulheres.

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