Talibã reforça exército com armas deixadas pelos EUA no Afeganistão
Para reforçar exército, Talibã restaurou parte dos equipamentos militares deixados para trás pelos EUA após retirada do Afeganistão
atualizado
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Sob um forte embargo econômico, o Talibã decidiu reformar armas e veículos militares deixados para trás pelos Estados Unidos, após Joe Biden ordenar a retirada de tropas do Afeganistão, para reforçar seu exército.
No último domingo (9/6), o grupo islâmico que comanda o país há quase três anos informou que cerca de 190 armas leves e pesadas foram restauradas e estão prontas para uso.
A administração Joe Biden estima que mais de US$ 7 bilhões em equipamentos militares, financiados pelos Estados Unidos, estavam em posse do antigo governo do Afeganistão quando o Talibã voltou ao poder após 20 anos.
Segundo relatório, divulgado pelo Departamento de Defesa do país em 2022, boa parte dos veículos, armas e equipamentos foram destruídos por soldados norte-americanos antes da retirada, enquanto outros acabaram caindo nas mãos do grupo.
Nas imagens, divulgadas pelo Ministério da Defesa do Talibã, ainda é possível ver veículos como blindados Humvee e M1117. Além disso, o grupo informou ter reparado tanques e outros armamentos internacionais, como lançadores de granadas soviéticos.
“Deve-se mencionar que esses tanques e armas destruídos foram sobras da administração anterior, que estão prontos para serem reutilizados após sua restauração”, disse o Talibã.
Dias após o comunicado, o Talibã compartilhou um vídeo de um treinamento militar do exército local, onde é possível ver os soldados usando armas de fabricação americana como veículos blindados e metralhadoras.
Veja:
Retomada
Há cerca de três anos, o Talibã reassumiu o poder no Afeganistão após vinte anos de ocupação militar dos Estados Unidos.
Desde então, além de diversas sanções econômicas, o grupo enfrenta um isolamento internacional e diversas críticas sobre as políticas implementadas no país.
O Talibã é acusado de enfraquecer a liberdade de expressão no Afeganistão, além de perseguir opositores do regime.
Além disso, a situação das mulheres no país é uma das principais preocupações de observadores internacionais.
Desde 2021, mulheres afegãs tem perdidos direitos básicos como o de trabalhar no setor público, de estudo e até mesmo de frequentar salões de beleza ou fazer ouso de contraceptivos.