Suspeito de participar do assassinato do presidente do Haiti é preso
O homem, identificado como o empresário Samir Handal, foi detido no aeroporto de Istambul na manhã dessa segunda-feira (15/11)
atualizado
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As autoridades turcas prenderam um homem considerado suspeito de “grande interesse” no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, em julho deste ano. A informação foi revelada pelo ministro das Relações Exteriores do país, Claude Joseph, em suas redes sociais.
O homem, identificado como o empresário Samir Handal, foi detido no aeroporto de Istambul na manhã dessa segunda-feira (15/11). De acordo com o jornal The Guardian, o suspeito fazia o trajeto dos Estados Unidos para a Jordânia. As autoridades haitianas anunciaram a prisão ainda na segunda.
Pelo Twitter, Claude Joseph relatou que conversou com o ministro turco Mevlüt Çavuşoğlu para “agradecer à Turquia pela prisão de Samir Handal, uma das pessoas de grande interesse na investigação do assassinato do presidente Jovenel Moïse”.
Je viens d’avoir une conversation téléphonique avec le chancelier turc, mon ami @MevlutCavusoglu, pour remercier la Turquie pour l’arrestation de Samir Handal, l’une des personnes de grand intérêt dans l’enquête sur l’assassinat du président @moisejovenel. pic.twitter.com/jkuDnvcIHP
— Claude Joseph (@claudejoseph03) November 15, 2021
Handal era procurado pela Interpol. Depois de ser preso, ele foi interrogado por um tribunal, que emitiu uma ordem de custódia temporária de 40 dias a pedido do Ministério de Justiça da Turquia. Ele está detido na prisão de Maltepe, em Istambul.
O crime
Jovenel Moïse e a primeira-dama, Martine Moïse, de 47 anos, estavam em casa, uma residência particular em Porto Príncipe, quando o local foi invadido por um grupo armado.
Nos últimos anos, a capital haitiana, Porto Príncipe, vinha sofrendo um aumento na violência, enquanto gangues lutavam entre si e contra a polícia, pelo controle das ruas. Nesse cenário, o país também lida com o empobrecimento.
A oposição, por sua vez, criticava Moïse, que governava o Haiti sem o aval do Legislativo, desde o ano passado. Já o presidente afirmava que ficaria no cargo até o dia 7 de fevereiro de 2022.