Suspeita de matar Kim Jong-nam diz que foi paga para fazer “pegadinha”
Mulher da Indonésia afirmou que recebeu US$ 90 (cerca de R$ 280) para atacar irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un com substância
atualizado
Compartilhar notícia
Uma mulher da Indonésia suspeita no ataque que matou o meio-irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un afirmou que recebeu US$ 90 (aproximadamente R$ 280) para participar daquilo que ela achava ser uma “pegadinha”. A informação foi dada por autoridades da Indonésia neste sábado (25/2).
A mulher, chamada Siti Aisyah, disse ainda a autoridades que não queria que seus familiares a visitassem enquanto estivesse em custódia. O depoimento foi dado um dia depois de que autoridades da Malásia revelaram que o agente nervoso VX — substância usada no suposto assassinato — foi usado no assassinato no aeroporto de Kuala Lumpur.
O assassinato de Kim Jong-nam, no último dia 13, em meio a multidões de viajantes no aeroporto, parece ter sido um evento altamente planejado. Kim morreu horas depois do ataque, após duas mulheres terem se aproximado dele e aparentemente terem espalhado algo em seu rosto.Aisyah, de 25 anos, já havia dito anteriormente que havia sido enganada para promover o ataque. A polícia da Malásia, porém, diz que ela e a outra suspeita, uma vietnamita, sabiam o que estavam fazendo.
A revelação de que o agente VX foi usado na morte de Kim elevou a especulação de que a Coreia do Norte poderia ter enviado pessoas à Malásia para realizar o ataque.
O veneno, grosso e oleoso, provavelmente foi produzido em um sofisticado laboratório, segundo especialistas, e é banido desde 1993 de acordo com tratados internacionais. A Coreia do Norte nunca assinou o tratado.