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Suíça prende grupo por uso de “cápsula de suicídio”

Mulher morreu após usar cabine que permite morte por hipóxia. País autoriza eutanásia, mas procedimento precisa ser assistido por médicos

atualizado

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Imagem colorida da chamada Capsula do suicídio
1 de 1 Imagem colorida da chamada Capsula do suicídio - Foto: Divulgação

Várias pessoas foram presas na Suíça depois de uma mulher usar uma “cápsula de assistência ao suicídio” em uma área de floresta no município de Merishausen. O dispositivo funciona como uma espécie de cabine que permite que uma pessoa tire a própria vida sem a ajuda de um médico, informou a polícia nessa terça-feira (24/9).

O equipamento, chamado de Sarco, é uma pequena cabine na qual a pessoa que deseja acabar com sua vida entra e responde a uma série de perguntas para confirmar que entende o que está fazendo antes de pressionar um botão que libera nitrogênio, causando morte por hipóxia.

A pessoa perde a consciência após algumas respirações e morre em poucos minutos. As informações são da própria associação que promove a cápsula.

A promotoria pública foi informada na segunda-feira (23/9) por um escritório de advocacia que “um suicídio assistido usando a cápsula Sarco havia ocorrido à tarde”, disse em um comunicado.

“O escritório da promotoria pública de Schaffhausen abriu um processo criminal contra várias pessoas por incitar e auxiliar o suicídio, e várias pessoas foram presas”, afirmou.

De acordo com a mídia da Suíça, é a primeira vez que esse dispositivo é usado. “A cápsula de suicídio foi confiscada e [o corpo da] falecida foi levado para uma autópsia”, disse a polícia.

Em julho, a cápsula foi apresentada pela primeira vez na Suíça, o que gerou discussões éticas. No país, o suicídio assistido é permitido há décadas, mas apenas com a supervisão de um médico.

Polêmica

A organização The Last Resort, que promove o equipamento, diz não ver obstáculo legal para seu uso na Suíça. Em uma declaração à AFP, a associação disse que a pessoa que morreu era uma mulher americana de 64 anos, que sofria de problemas associados a um “comprometimento imunológico grave”.

A ministra do conselho federal da Suíça, Élisabeth Baume-Schneider, porém, defendeu que “a cápsula suicida Sarco não está em conformidade com a lei em dois aspectos”. Segundo ela, o equipamento não atende requisitos da lei de segurança de produtos e, portanto, não pode ser colocada no mercado.

“Em segundo lugar, o uso correspondente de nitrogênio não é compatível com o artigo de finalidade da Lei de Produtos Químicos”, disse ela.

Testada em uma oficina em Roterdã, na Holanda, a Sarco foi inventada por Philip Nitschke, um ativista do que chama de “direito de morrer”.

Em um comunicado, Nitschke disse que estava “satisfeito com o fato de a Sarco ter funcionado exatamente como foi projetada”.

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