Após submarino Titan, relembre casos de tragédias marítimas
Segundo autoridades, o submarino sofreu uma “implosão catastrófica”. Todos os 5 ocupantes a bordo tiveram suas mortes confirmadas
atualizado
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Após cinco dias desaparecidos no oceano Atlântico, os cinco ocupantes que estavam a bordo do submarino Titan tiveram suas mortes confirmadas na quinta-feira (22/6). O veículo realizava excursões turísticas no Atlântico Norte aos destroços do Titanic e seus destroços foram encontrados a aproximadamente 500 metros do casco do famoso naufrágio.
De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA), o submarino sofreu uma “implosão catastrófica”. A expedição do submarino levava os 5 tripulantes para 3,8 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico Norte, onde está a carcaça do Titanic, que naufragou em 1912.
O caso trouxe à tona a lembrança de outras tragédias marítimas. Relembre, abaixo, cinco casos de acidentes envolvendo transportes marítimos:
• Titanic (1912)
Em abril de 1912 o maior transatlântico da época naufragou no Oceano Atlântico. O Titanic partiu do porto de Southampton, na Inglaterra, tendo Nova York, nos Estados Unidos, como destino.
A embarcação colidiu com a ponta de um iceberg por volta da meia-noite e afundou em menos três horas. Do total de 2.223 passageiros, 517 pessoas morreram e 706 sobreviveram, de acordo com relatório do Senado dos Estados Unidos sobre o desastre.
• MV Doña Paz (1987)
Durante a madrugada, em 20 de dezembro de 1987, o navio filipino MV Doña Paz colidiu contra o petroleiro MV Vector, que transportava 8.800 barris de gasolina e petróleo.
O Doña Paz viajava da ilha Leyte, nas Filipinas, para a capital do país, Manila. Após colidir, o Vector pegou fogo e espalhou se incêndio para o navio Doña Paz. Com as chamas invadindo a embarcação, passageiros e tripulantes pularam em alto mar, com as águas infestadas de tubarões.
Estima-se que o acidente tenha deixado entre 1.565 mortos e 4 mil mortos.
• Submarino argentino San Juan (2017)
Em novembro de 2017 o submarino argentino ARA San Juan naufragou na costa do país com 44 tripulantes dentro. O veículo só foi ser encontrado 1 ano depois, a 900 metros de profundidade.
A embarcação fazia uma expedição do Ushuaia para Mar Del Plata, a 300 km de Buenos Aires. Antes do submarino desaparecer, o capitão mandou 8 comunicações para seus superiores, alertando sobre falhas nas baterias do veículo.
Entre as principais hipóteses, se especula que o submarino foi destruído por uma explosão interna causada pelas falhas técnicas que foram relatadas.
• Submarino russo Kursk (2000)
Outro caso que ganhou destaque foi o do submarino nuclear russo Kursk (K-141), que afundou no mar do Barents em 12 de agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens.
Na época, o Kursk era visto como um dos submarinos mais modernos da Marinha russa. O veículo subaquático tinha capacidade para transportar 24 mísseis.
Duas explosões causadas por dois mísseis do submarino, teriam provocado o naufrágio do Kursk. 23 marinheiros teriam sobrevivido às explosões ao se trancarem em um compartimento da embarcação, mas não foram resgatados a tempo. O submersível foi encontrado a 108 metros de profundidade.
• Submarino Changcheng 361 (2003)
Em 16 de abril de 2003 o submarino chinês Changcheng 361 naufragou durante um exercício militar no Mar Amarelo entre a Coréia do Norte e a província chinesa de Shandong. Ele sofreu uma uma falha mecânica que matou todos os 70 tripulantes a bordo. Foi um dos piores desastres militares em tempos de paz da China.
De acordo com a agência oficial de notícias chinesa Xinhua, todos tripulantes morreram quando o motor a diesel do submarino esgotou todo o oxigênio disponível (porque não foi desligado corretamente) enquanto o veículo estava submerso.
• Submarino KRI Nanggala-402 (2021)
Em um dos casos mais recentes, os destroços do submarino da Indonésia KRI Nanggala-402 foram encontrados divididos em pelo menos três partes. Todos os 53 tripulantes a bordo da embarcação morreram.
Ele foi dado como desaparecido em 21 de abril de 2021, na costa indonésia.
As equipes de buscas localizaram os restos do submarino a 830 metros de profundidade. A faixa de mergulho da submersível permitia que a embarcação mergulhasse a no máximo 200 metros de profundidade. O KRI Nangalla-402 perdeu contato enquanto se preparava para realizar uma simulação de torpedo.