Sobe para 11 o número de mortes em protestos na Venezuela, dizem ONGs
ONG Foro Penal atualizou os dados no final da tarde desta terça (30/7). Entre os mortos, estão dois adolescentes, de 15 e 16 anos
atualizado
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A Venezuela enfrenta nesta terça-feira (30/7) o segundo dia consecutivo de protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro. Até então, segundo ONGs que monitoram os dados de violência das manifestações, 11 pessoas já morreram, incluindo dois adolescentes, de 15 e 16 anos.
A ONG Foro Penal atualizou os números no final da tarde e demonstrou preocupação com a escalada dos confrontos. “Há 11 mortos nos protestos. Cinco [foram] assassinados em Caracas. Preocupa-nos o uso de armas de fogo nessas manifestações”, declarou o diretor da ONG, Alfredo Romero.
Das seis mortes restantes, duas foram na cidade de Zulia, outras duas em Yaracuy, uma em Aragua e outra em Táchira. Além desses casos, outras 749 pessoas haviam sido detidas até a tarde desta terça, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.
Os protestos tomaram conta do país desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgou o resultado da eleição de domingo (28/7), dando a vitória para Maduro, com 51,2% dos votos. A oposição diz que houve fraude na contagem e que, na verdade, o candidato Edmundo González teria sido o vencedor, com milhões de votos a mais que o atual presidente.
O clima de tensão aumenta, à medida em que o tempo passa e os protestos persistem. Nesta terça, o ex-deputado Freddy Superlano, integrante do partido Voluntad Popular, foi capturado à luz do dia por homens vestidos de preto. Ele teve o carro interceptado e foi colocado à força dentro de um caminhão.