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Sob tensão, Moldávia ameaça “tomar medidas” e condena ataque russo

“A situação na região separatista é complexa e tensa”, disse o presidente após um ataque com granadas na Transnístria

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Maia Sandu, presidente da Moldávia
1 de 1 Maia Sandu, presidente da Moldávia - Foto: Antoine Gyori/Corbis via Getty Images

Após um ataque na região separatista da Transnístria, a tensão no Leste Europeu aumentou para o que pode ser um novo contorno da guerra. Nesta terça-feira (26/4), a presidente da Moldávia, Maia Sandu, condenou o ataque com granadas e ameaçou tomar medidas para garantir o que chamou de paz no país.

“A situação na região separatista é complexa e tensa, mas a Moldávia continua aberta a negociar uma solução pacífica para as questões”, frisou em entrevista coletiva após reunião do conselho de segurança do país.

Sandu condenou qualquer tentativa de “arruinar a paz” em no país e disse que a Moldávia está preparada para evitar a escalada da violência. O governo atribui o ataque aos russos, que negam.

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De 1992 até 1995, a guerra pela independência da Bósnia, envolvendo grupos étnicos que existiam na região, deixou cerca de 200 mil mortos e cidades destruídas. O conflito também ficou conhecido pela remoção da população bósnia-muçulmana do país
Após declarar independência, em 1991, a Chechênia foi atacada pela Rússia, que não aceitou a decisão do Estado. Apesar da tentativa, o exército do país de Putin não obteve êxito e foi derrotado pelos chechenos
O conflito, no entanto, se arrastou até 1996 e deixou o saldo de aproximadamente 46 mil pessoas mortas, cidades completamente destruídas e milhares de pessoas desabrigadas. Até hoje a violência dos russos durante a Primeira Guerra da Chechênia chama atenção. Além das centenas de assassinatos, tropas russas estupraram, mutilaram e torturaram os chechenos
Em 1999, Kosovo entrou em guerra com a Iugoslávia pela independência. Sob o comando do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não aceitava perder a província, forças sérvias atacaram o povo kosovar e cerca de 2 mil pessoas foram mortas. A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN e foi a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial
Em 1999, após a Chechênia explodir um edifício russo, Putin mandou que tropas atacassem a capital de sua ex-república. A partir daí, os dois países declararam guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram durante a 2ª Guerra da Chechênia, que foi considerada uma das mais brutais
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A invasão da Rússia ao território ucraniano --possibilitando, segundo a Otan, o maior conflito armado na Europa desde a 2ª Guerra Mundial --trouxe, naturalmente, comparações com conflitos anteriores. Lembre os principais

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De 1992 até 1995, a guerra pela independência da Bósnia, envolvendo grupos étnicos que existiam na região, deixou cerca de 200 mil mortos e cidades destruídas. O conflito também ficou conhecido pela remoção da população bósnia-muçulmana do país

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Após declarar independência, em 1991, a Chechênia foi atacada pela Rússia, que não aceitou a decisão do Estado. Apesar da tentativa, o exército do país de Putin não obteve êxito e foi derrotado pelos chechenos

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O conflito, no entanto, se arrastou até 1996 e deixou o saldo de aproximadamente 46 mil pessoas mortas, cidades completamente destruídas e milhares de pessoas desabrigadas. Até hoje a violência dos russos durante a Primeira Guerra da Chechênia chama atenção. Além das centenas de assassinatos, tropas russas estupraram, mutilaram e torturaram os chechenos

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Em 1999, Kosovo entrou em guerra com a Iugoslávia pela independência. Sob o comando do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não aceitava perder a província, forças sérvias atacaram o povo kosovar e cerca de 2 mil pessoas foram mortas. A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN e foi a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da 2ª Guerra Mundial

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Em 1999, após a Chechênia explodir um edifício russo, Putin mandou que tropas atacassem a capital de sua ex-república. A partir daí, os dois países declararam guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram durante a 2ª Guerra da Chechênia, que foi considerada uma das mais brutais

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Conhecido como Guerra Russo-Georgiana, o conflito deixou mais de 800 pessoas mortas e, após a guerra, a Rússia reconheceu a independência de dois territórios separatistas da Geórgia

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Recentemente, a relação conturbada entre Rússia e Ucrânia tem deixado o mundo em alerta. O conflito entre os países, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, o contexto histórico relacionado ao século 19 pode explicar a situação

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Após a Ucrânia não ceder às exigências de Putin, que incluem a não entrada do país na Otan, a Rússia invadiu o território ucraniano

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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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“Incidentes recentes são uma tentativa de aumentar as tensões, com avaliações mostrando que facções pró-guerra na região da Transnístria são responsáveis ​​pelos ataques”, salientou.

Ataques

A Transnístria, região separatista pró-Rússia da Moldávia, registrou um série de explosões na segunda-feira (25/4).

A sede do Ministério da Segurança do Estado em Tiraspol, capital da Transnístria, foi o alvo das explosões. Ainda não se sabe o que motivou e quem está por trás do ocorrido.

O Ministério do Interior de Transnístria afirma que os disparos foram feitos com um lançador de granadas antitanque portátil.

“As janelas explodiram nos pisos superiores. Saiu fumaça da estrutura. Foi criado um cordão policial nas imediações. Uma equipe de investigação chegou ao local com esquadrões antibomba, bombeiros, ambulâncias e especialistas do serviço de emergência”, explicou o governo em comunicado.

Na semana passada, o vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, afirmou que o governo russo quer abrir “caminho” para a Transnístria.

“O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, confirmou.

A Transnístria é um território da Moldávia controlado pela Rússia desde a queda da União Soviética. Com o apoio russo, a Transnístria travou uma guerra contra a Moldávia na década de 1990.

Na sexta-feira (22/4), a agência russa de notícias Interfax confirmou que o governo pretende controlar Donbass, no leste, e todo o sul da Ucrânia.

Na prática, os russos querem criar um zona entre Crimeia, anexada ao território controlado por Putin em 2014, e Donbass. Com isso, seria possível ter uma porta de entrada para a região separatista da Moldávia.

A Rússia pretende controlar partes da Ucrânia partindo de Kharkiv, passando por Izyum, Luhansky, Donestsk, Mariupol, Melitopol, Mykolaiv e Kherso, chegando à Crimeia. É a primeira vez que os russos detalham a estratégia militar.

A guerra completa, nesta terça-feira, 62 dias. A invasão e os bombardeios russos tiveram início em 24 de fevereiro. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.

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