Sob forte esquema de segurança, papa Francisco visita Iraque
Esta é a 33ª viagem do pontífice desde a sucessão no Vaticano. Será a primeira ida de um papa ao país
atualizado
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Dois dias após um ataque à base militar com soldados norte-americanos no Iraque, o papa Francisco visitará, sob forte esquema de segurança, o país. O pontífice deixou o Vaticano na manhã desta sexta-feira (5/3). É a primeira vez que o líder da Igreja Católica viaja à nação do Oriente Médio.
Com o intuito de transmitir uma mensagem de paz e reconciliação para o país que vive constante cenário de guerras e violência, o papa fará a viagem de número 33 ao Iraque, mesmo após o ataque de 10 foguetes contra a base de Ain Al Asad, no deserto de Anbar. O lema da viagem é “Sois todos irmãos”.
“E vou até vocês como peregrino de paz, para repetir: “Sois todos irmãos” (Mt 23,8). Sim, vou como peregrino da paz em busca de fraternidade, animado pelo desejo de rezar juntos e caminhar juntos, também com irmãos e irmãs de outras tradições religiosas, unidos pelo pai Abraão, que reúne em uma só família muçulmanos, judeus e cristãos”, disse o papa Francisco aos iraquianos um dia antes de sua viagem.
Antes de partir do Vaticano nesta sexta-feira (5/3), a autoridade espiritual teve um encontro com 12 refugiados iraquianos, atendidos pela Comunidade de Santo Egídio e pela Cooperativa Auxilium, segundo o Vatican News.
A bordo do voo AZ 4000 do A330 da Alitália, que decolou às 7h45 no horário do Vaticano, havia uma imagem de Nossa Senhora de Loreto. Após percorrer 2.947 km, o voo pousou no Aeroporto Internacional de Bagdá ao meio-dia, horário do Iraque (+2 horas em relação à Itália). O papa foi recebido pelo primeiro-ministro do Iraque, no momento de sua chegada.
O itinerário do papa inclui as cidades de Bagdá e Erbil. Na ocasião, o pontífice também visitará Ur e a cidade sagrada de Najaf, no sul. A intenção é que a reunião com a principal autoridade para os xiitas no Iraque, o grande aiatolá Ali Sistani, seja um passo a frente para o diálogo com todos os muçulmanos.
O papa Francisco, de 84 anos, foi vacinado contra a Covid-19. Anteriormente, o pontífice já defendeu a campanha de imunização contra o novo coronavírus e afirmou que a vacina “não é opção, é ação ética”.