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Sniper ucraniano quebra recorde e atinge russo com tiro de quase 4km

Viacheslav Kovalskyi, ex-empresário de 58 anos e sniper de elite da Ucrânia, atirou a uma distância de 3,8km durante guerra contra a Rússia

atualizado

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Arma utilizada por ucraniano para matar um russo em uma distância de quase 4km
1 de 1 Arma utilizada por ucraniano para matar um russo em uma distância de quase 4km - Foto: Horizon’s Lord enterprise/Divulgação

Um recorde bastante estranho e desumano de ser comemorado, mas para os ucranianos, uma vitória. Um sniper do país quebrou a marca mundial de distância em um tiro. Ele acertou um inimigo russo a 3.800 metros.

Viacheslav Kovalskyi, antes da guerra entre Ucrânia e Rússia, era um empresário. Hoje, aos 58 anos, se tornou atirador de elite da unidade de contra-espionagem do Serviço de Segurança ucraniana.

Segundo entrevista concedida por ele ao jornal Wall Street Journal, o tiro aconteceu pouco antes do amanhecer de 18 de novembro. Com a ajuda de um companheiro, Kovalskyi calculou a distância, a velocidade do vento, umidade do ar, temperatura e outros parâmetros que influenciam na trajetória e força da bala.

Estabeleceu a posição dos militares russos na margem oposta do rio Dnipro, na região de Kherson. E disparou.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Os dois ucranianos observavam grupos de militares russos derrubando a floresta. Acharam que não valeria gastar bala com eles, mas viram que outro grupo chegou e um dos russos dava ordem a outros. Ou seja, era um oficial. E aí, Kovalskyi decidiu atirar.

No primeiro disparo, erro ao calcular o vento. Rapidamente, o ucraniano recarregou e atirou novamente. “Você tem que atirar imediatamente, pois o vento muda constantemente”, explicou Kovalskyi.

Veja:

Tiro do sniper demorou 9 segundo para atingir alvo

De acordo com filmagem feita pelos ucranianos, a bala demorou cerca de nove segundos para atingir o alvo. Segundo Kovalskyi, a distância era tão grande que ele não tem certeza se o disparo acertou o peito ou abdômen do russo. Mas ele tem certeza da morte.

“Não há chance de ele ter sobrevivido”, disse o sniper. “Acho que os russos saberão agora do que os ucranianos são capazes. Deixe-os ficar em casa e ter medo”, completou Kovalskyi.

O recorde mundial anterior era de 3.540 metros, de um atirador canadense da Força-Tarefa Conjunta 2, que atingiu um alvo a 3.540 metros com um rifle .50 BMG McMillan TAC-50. O ucraniano usou um rifle do próprio país chamado MCR Horizon’s Lord, de calibre 12,7×114 mm HL.

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