Site indica alto risco para a aviação civil no espaço aéreo da Ucrânia
Ucrânia já fechou os aeroportos de Zaporizhzhia, Dnipro e Kharkiv; governo russo restringiu espaços aéreos ao leste da fronteira ucraniana
atualizado
Compartilhar notícia
O Safer Airspace, ferramenta que monitora o risco no espaço aéreo internacional, emitiu alerta, nesta quarta-feira (23/2) com alto nível de risco e que, por conta disso, não recomenda o sobrevoo no espaço aéreo da Ucrânia.
“Independentemente dos movimentos reais das forças russas na Ucrânia, o nível de tensão e incerteza na Ucrânia agora é extremo. Isso por si só dá origem a um risco significativo para a aviação civil”, alerta o comunicado.
A Ucrânia já fechou os aeroportos de Zaporizhzhia, Dnipro e Kharkiv. O governo russo também restringiu espaços aéreos na região de Rostov, localizada a leste da fronteira com a Ucrânia, com o alegado objetivo de “fornecer segurança” para voos da aviação civil, de acordo com uma nota aos aviadores. A notificação lista rotas específicas e altitudes a serem evitadas.
O monitor Airspace avaliava, até este mês, riscos para sobrevoar o extremo leste do país e também na Crimeia. Devido ao conflito eminente com a Rússia, o serviço de controle de tráfego aéreo ucraniano pode sofrer ataque cibernético e não conseguir prestar a devida assistência para as aeronaves comerciais.
Além disso, há também o risco do “abate acidental” de aviões comerciais pelas aeronaves militares que circulam o local, com tensão crescente.
“Desde 18 de fevereiro, a grande maioria dos operadores de aeronaves está evitando completamente o espaço aéreo ucraniano. Em 23 de fevereiro, relatórios de aeronaves militares russas sondando defesas aéreas foram compartilhados pelos EUA. A Rússia evacuou a embaixada em Kiev”, descreve o comunicado.
“As forças terrestres são descritas como totalmente prontas para a invasão. A partir de 23 de fevereiro, a FAA dos EUA atualmente proíbe os operadores dos EUA de sobrevoar apenas a parte leste do país. Outros estados têm proibições parciais semelhantes, mas não para a Ucrânia em sua totalidade. Esperamos que isso mude em breve”, completa.
Veja o alerta:
Separatistas pediram apoio
As regiões de Donetsk e Luhansk pediram ajuda militar ao governo russo para “repelir a agressão da Ucrânia”. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.
No fim da tarde desta quarta, os líderes rebeldes teriam entrado em contato com representantes do Kremlin, sede do governo russo, para pedir apoio.
Antes, o serviço de inteligência americano havia informado que tropas russas estariam se movendo para a região de Donetsk e Lugansk, reconhecidas como independentes pelo presidente Vladimir Putin.
O líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, convocou homens entre 18 e 55 anos para “luta” armada. Em entrevista, ele ressaltou a importância do apoio russo: “Não temos o direito de perder ou mesmo de duvidar da nossa vitória”.