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Sirenes tocam na Ucrânia, enquanto Biden promete sistema de defesa

No segundo dia de ataques russos à capital ucraniana e outras cidades, presidente norte-americano diz que fornecerá equipamentos

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Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images
Ataques aéreos russos em Kyev: alvos civis
1 de 1 Ataques aéreos russos em Kyev: alvos civis - Foto: Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images

A Rússia continua nesta terça-feira (11/10) os ataques aéreos que iniciou ontem à Kiev e outras cidades ucranianas. As sirenes soaram por todos o país, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que vai fornecer equipamentos de defesa.

Testemunhas dizem que bombas chegaram até Zaporizhzhia no início da manhã (horário ucraniano) e atingiu diversos prédios, inclusive residenciais. Segundo autoridades ucranianas, os ataques de segunda-feira (10/10) mataram ao menos 19 pessoas, enquanto 105 ficaram feridas. O governo afirma que cerca de 301 pontos em cidades como Kiev, Lviv, Sumy, Ternopil e Khmelnytsky foram atingidas e continuam sem energia elétrica.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Maksym Kozytskyi, governador de Lviv, no oeste da Ucrânia, escreveu uma mensagem no Telegram afirmando que houve três explosões em duas instalações de energia da cidade. “Não há informações sobre as vítimas. O perigo ainda continua”, afirmou. Lviv faz fronteira com a Polônia e é uma das regiões a Rússia ocupa parcialmente e reivindicou a anexação.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou ontem e afirmou que “o mundo está conosco”. Ele solicitou aos líderes do G7, em reunião on-line, apoio para enfrentar os ataques aéreos vindos de Vladimir Putin.

O primeiro a responder Zelensky foi o presidente norte-americano Joe Biden. Ele prometeu que os Estados Unidos vão fornecer sistemas aéreos avançados. Biden teria falado com Zelensky antes de uma reunião de emergência do G7.

“O presidente Biden prometeu continuar fornecendo à Ucrânia o apoio necessário para se defender, incluindo sistemas avançados de defesa aérea”, disse um comunicado da Casa Branca. Desde o início da ofensiva russa, em fevereiro deste ano, os EUA já forneceram 16,8 bilhões de dólares em equipamentos de guerra.

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