Sete pessoas estão desaparecidas após colapso de barragem na Ucrânia
Ataque a uma barragem de usina da Ucrânia causou inundações em zona ocupada pelos russos. Países trocam acusações sobre autoria do atentado
atualizado
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Sete pessoas estão desaparecidas e outras 1,3 mil precisaram ser evacuadas após a destruição de uma barragem na região de Kherson, ao sul da Ucrânia, na terça-feira (6/6). A estrutura está localizada em uma região de disputa e, atualmente, controlada pela Rússia. Os dois países trocam acusações sobre quem foi o responsável pelo ataque.
Segundo autoridades russas, cerca de 2,7 mil casas em 15 assentamentos na região foram inundadas após o colapso da barragem. Ao todo, 22 mil pessoas vivem no local, das quais 1,3 mil precisaram ser evacuadas com urgência. As informações são da agência de notícias russa Tass.
Moscou declarou situação de emergência na região, e abriu 40 abrigos temporários com capacidade para acomodar até 5,5 mil pessoas. Até a última atualização da reportagem, 345 cidadãos estavam alojados no local.
Colapso da barragem
Um ataque destruiu, na madrugada desta terça-feira (6/6), a barragem de uma usina hidrelétrica da Ucrânia, causando inundações em Kherson. O nível da água subiu cinco metros depois da explosão, deixando ilhas fluviais submersas.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano chamou o episódio de “terrorismo ecológico”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou reunião de emergência com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em razão da gravidade do ataque.
“A destruição da barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka apenas confirma para o mundo inteiro que eles devem ser expulsos de todos os cantos do território ucraniano. Nem um único metro deve ser deixado para eles, porque eles usam cada metro para o terror”, escreveu.
Por outro lado, o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, acusou os adversários ucranianos de sabotagem.
“Essa sabotagem tem o potencial de causar consequências gravíssimas para dezenas de milhares de moradores da região, consequências ambientais e consequências de outra natureza que ainda não foram estabelecidas”, prosseguiu.