1 de 1 Militares russos ocupam Crimeia, região tomada pela Rússia da Ucrânia em 2014. Eles usam tanque e uniforme - Metrópoles
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De acordo com a agência de notícias russa RIA, separatistas tomaram, nesta sexta-feira (11/3), o controle da cidade de Volnovakha, ao norte do porto de Mariupol. A informação teria sido divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia.
A cidade é estratégica na guerra, pois fica a 55 km de distância da fronteira russa e é considerada uma porta de entrada de Mariupol. Na última quarta-feira (9/3), um hospital pediátrico em Mariupol foi bombardeado, deixando mortos e feridos.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
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A Ucrânia continua sendo alvo de ataques aéreos da Rússia nesta sexta-feira (11/3), o 16º dia de guerra. Ao amanhecer no país, que tem cinco horas a mais que o Brasil no fuso, as forças de segurança reportaram bombardeios em Lutsk, Ivano-Frankivsk e Dnipro, a quarta maior cidade da Ucrânia, onde as bombas atingiram uma área residencial e mataram ao menos duas pessoas, de acordo com as primeiras informações.
Outros dois bombardeios russos foram registrados, nesta madrugada, em aeroportos da Ucrânia, num esforço para destruir a infraestrutura do país atacado.
Em Ivano-Frankivsk, no oeste do país, o tráfego para a região do aeroporto foi fechado pelas autoridades após as bombas começarem a cair. O prefeito local, Ruslan Martsinkov, admitiu e lamentou o não funcionamento do sistema de sirenes que alertam a população sobre a chegada de ataques aéreos.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkovl, declarou que já foram destruídas 3.213 instalações militares ucranianas desde o início da invasão.