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Separatistas pedem ajuda militar à Rússia contra “agressão da Ucrânia”

Antes, o serviço de inteligência americano havia informado que tropas russas estariam se movendo para a região

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Mísseis lançados por Rússia em exercício militar. Num campo deserto, sob céu nublado, vê-se muita fumaça ao redor de um míssel em lançamento - Metrópoles
1 de 1 Mísseis lançados por Rússia em exercício militar. Num campo deserto, sob céu nublado, vê-se muita fumaça ao redor de um míssel em lançamento - Metrópoles - Foto: Reprodução

As regiões de Donetsk e Luhansk pediram ajuda militar ao governo russo para “repelir a agressão da Ucrânia”. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.

No fim da tarde desta quarta-feira (23/2), os líderes rebeldes teriam entrado em contato com representantes do Kremlin, sede do governo russo, para pedir apoio.

Antes, o serviço de inteligência americano havia informado que tropas russas estariam se movendo para a região de Donetsk e Lugansk, reconhecidas como independentes pelo presidente Vladimir Putin.

O líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin, convocou homens entre 18 e 55 anos para “luta” armada. Em entrevista, ele ressaltou a importância do apoio russo: “Não temos o direito de perder ou mesmo de duvidar da nossa vitória”.

Esta quarta-feira foi mais um dia movimentado em torno da crise político-diplomática no Leste Europeu. Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o risco de um conflito armado dominou os discursos.

Representantes da Rússia, Ucrânia, dos Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, António Guterres, falaram sobre o tema. Isso em meio a várias sanções econômicas contra os russos.

O Parlamento ucraniano atendeu ao apelo do presidente Volodymyr Zelensky e aprovou nesta quarta-feira um decreto de estado de emergência válido para todo o país pelo prazo de 30 dias.

Agora, o governo pode impor restrições de deslocamento, na distribuição de informações e no que é divulgado pela mídia, além de exigir documentação de cidadãos. Todos os homens com idades entre 18 e 60 anos podem ser convocados para combate.

O decreto não é válido para as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, onde já há uma medida do tipo em vigor desde 2014.

Comunidade internacional em alerta

Na segunda-feira (21/2), o presidente Putin reconheceu as regiões separatistas como repúblicas independentes. A decisão foi vista como uma ameaça.

Com isso, na terça-feira (22/2), alguns países, como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, anunciaram sanções econômicas ao governo russo para isolar Putin.

Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia fizeram alertas para o risco de uma invasão russa do território ucraniano.

Crise em escalada

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.

Ucrânia pediu mais armas aos países do Ocidente, sob o argumento de defesa contra a Rússia. Além disso, convocou militares reservistas e liberou o porte de armas a civis.

Putin, por sua vez, acusa os ucranianos de desenvolverem armas nucleares, o que colocaria a segurança de Moscou em risco.

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