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Sem mostrar provas, Trump mais uma vez diz que há fraude na eleição dos EUA

Nas últimas 24h, Joe Biden está aumentando a vantagem, em relação ao presidente dos Estados Unidos, na Geórgia, Pensilvânia e Nevada

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Chip Somodevilla/Getty Images
Presidente trump durante pronunciamento
1 de 1 Presidente trump durante pronunciamento - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

A reeleição de Donald Trump está cada vez mais distante. Nas últimas 24h, Joe Biden está aumentando a vantagem, em relação ao presidente dos Estados Unidos, na Geórgia, Pensilvânia e Nevada. Sem aceitar a derrota, o republicano mais uma vez postou no Twitter que a eleição está sendo fraudada. O candidato não apresentou nenhuma prova para corroborar as denúncias.

Nas postagens, Trump continua dizendo que ele estava ganhando na noite da eleição em alguns estados e o Partido Democrata só conseguiu virar na Pensilvânia e na Geórgia, pois apuração está contado “votos ilegais” enviados pelos correios. A mídia americana está recusando reproduzir as acusações, pois o presidente não apresenta nenhuma evidência para comprová-las.

A apuração está acontecendo há mais de 84 horas por conta dos 60 milhões de cédulas enviadas pelos correios antecipadamente. O Partido Democrata incentivou seus membros a votarem dessa maneira para evitar aglomerações devido à pandemia de Covid-19, enquanto Trump pediu aos seus eleitores para registrarem o voto presencialmente.

No país, não existe uma lei eleitoral nacional regulamentando como a contagem e os envios devem ser feitos. Cada estado define as regras de maneira diferente. Alguns, por exemplo, iniciaram o levantamento antes mesmo de as urnas serem fechadas na terça-feira (3/11). Outros só começaram assim que os votos acabaram. Há, ainda, quem permita a chegada das cédulas até a sexta-feira (6/11), como a Pensilvânia, um dos estados considerados essenciais para a campanha deste ano.

Seis estados estão com a apuração dos votos aberta e há chances matemáticas para os dois lados. Ao longo dessa sexta-feira (6/11), no entanto, o ex-vice-presidente dos EUA virou o jogo na Pensilvânia e na Geórgia, aumentando exponencialmente as chances de se tornar o 46º presidente do país norte-americano.

Trump tem alegado – uma tese que começou a defender antes mesmo do início das eleições presidenciais – que os democratas só vencerão por meio de fraudes na contagem dos votos. Enquanto mantinha a liderança, o republicano aliviou o tom. Quando a maré virou, com a entrada em massa de votos enviados pelo correio, o candidato à reeleição partiu para o desafio aberto e anunciou as primeiras ações judiciais.

Em relatório preliminar publicado nessa sexta-feira (6/11) sobre as eleições nos EUA, a Organização dos Estados Americanos (OEA) criticou, sem citar o nome de Trump, a postura do atual presidente e afirmou não ter “observado diretamente nenhuma irregularidade grave que ponha em causa os resultados até agora”.

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