Sem apresentar atas, CNE da Venezuela confirma reeleição de Maduro
Com 96,87% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral, aponta maduro como presidente com 51,95% dos votos, contra 43,18% do opositor
atualizado
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Em meio à forte pressão internacional sobre o resultado das eleições na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país atualizou nesta sexta-feira (2/8) os resultados do pleito e confirmou Nicolás Maduro como vencedor, com 51,95% dos votos. O opositor Edmundo González ficou com 43,18%, segundo o órgão.
As apurações das urnas tinham sido interrompidas no domingo (28/7), quando os resultados já colocavam Maduro como presidente reeleito em um resultado que é contestado pela oposição.
Até o momento, o CNE venezuelano não apresentou as atas da eleição, ou seja, os boletins das urnas que confirmariam o resultado. Esse é o principal motivo de cobrança de outros países, incluindo o Brasil.
A oposição contesta o resultado, afirmando que as contagens paralelas realizadas apontam Edmundo González como o vencedor com 67% dos votos, enquanto Maduro teria 30%. Os adversários do governo Maduro exigem a apresentação das atas eleitorais completas pelo CNE.
Utilizando-se das contagens apresentadas pela oposição, Estados Unidos, Argentina e Uruguai declararam que Edmundo foi o presidente eleito.
Nesta sexta-feira (2/8), a Suprema Corte da Venezuela iniciará a auditoria do resultado das eleições, para isso, convocou os 10 candidatos presidenciais para comparecerem em sessão, nesta tarde, no tribuna, que teve início às 15h15 no horário de Brasília.
González não foi à sessão, pois ele e Corina Machado, líderes da oposição, estão sob ameaça de prisão pelo regime de Maduro.