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Sem acordo com russos, Ucrânia tenta evacuar Mariupol e outras cidades

Mais de 100 mil refugiados conseguiram escapar das zonas de batalha usando corredores humanitários nos últimos dias, mas há gargalos

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Refugiados da guerra na Ucrânia
1 de 1 Refugiados da guerra na Ucrânia - Foto: Sebastian Gollnow/picture alliance via Getty Images

Com a infraestrutura de várias regiões cada vez mais afetada pelos bombardeios russos, a Ucrânia tenta nesta sexta-feira (11/3) abrir sete corredores humanitários a fim de evacuar a população civil para locais onde ainda há comida, água e aquecimento. A iniciativa não conta com a aprovação dos invasores russos, que propõem corredores de retirada de civis, mas para a própria Rússia.

A situação mais dramática, segundo a ministra da Reintegração dos Territórios ucraniana, Iryna Vereshchuk, é a cidade portuária de Mariupol, onde uma população de 400 mil pessoas está presa enquanto ocorrem bombardeios diários e um cerco que tem praticamente impossibilitado a evacuação.

Nesta terça, as autoridades ucranianas tentam abrir caminho de Mariupol, onde não há energia elétrica ou água encanada funcionando há mais de uma semana, para Zaporizhzhia.

As outras rotas planejadas pelos ucranianos são: Volnovakha-Pokrovsk; Polohy-Zaporizhzhia; Enerhodar-Zaporizhzhia e Izium-Lozova.

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado
Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária
Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais
Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas
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Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo "corredores humanitários" tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russas

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra

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A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado

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Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária

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Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais

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Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas

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O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz Vermelha

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Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor

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Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado "Kindertransport", de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista

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Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018

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Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949

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Além de Mariupol, os ucranianos têm enfrentado dificuldades para evacuar Volnovakha e acusam os russos de transformarem os corredores em campos minados.

Apesar das dificuldades, ao menos 100 mil refugiados conseguiram fugir de regiões conflagradas nos últimos três dias, segundo o governo do país.

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