Segundo brasileiro, ponte que desabou em Gênova era insegura
O caminhoneiro passava cinco vezes por semana no local a trabalho. Número de mortos passa de 30. Corpos ainda são procurados nos escombros
atualizado
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Segundo relato do caminhoneiro brasileiro Carlos Eduardo Fernandes ao jornal Folha de S. Paulo, a Ponte Morandi, em Gênova, na Itália, que desabou nesta terça-feira (14/8), era mal conservada, sobrecarregada e tinha problemas estruturais.
Carlos Eduardo passava pela estrutura pelo menos cinco vezes por semana a serviço da loja onde é empregado na cidade. Ele relata que temia cruzar a via, mas a única outra opção para a travessia tem a passagem de caminhões proibida.
Por volta das 11h30 locais desta terça, a Ponte Morandi colapsou. No momento do desabamento, entre 30 e 35 carros estavam sobre a estrutura, além de três caminhões de carga, informou o chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli. As autoridades italianas ainda divergem sobre o número de mortos no acidente. Um dos boletins chegou a informar 35 pessoas mortas. A ultima informação é de 31 mortos: 26 já foram identificados.
As equipes de resgate encontraram vários automóveis nos escombros, com vítimas dentro dos veículos. Ao todo são 16 feridos, sendo 12 em estado grave, de acordo com dados oficiais divulgados nesta noite.
Histórico
O viaduto Polcevera, também chamado de Ponte Morandi, atravessa Polcevera, em Gênova, e passa pelos bairros de Sampierdarena e Cornigliano, que ficam próximos ao aeroporto local. É considerada uma das principais vias de acesso pela capital da Ligúria.
Projetado pelo engenheiro Riccardo Morandi, o viaduto foi construído entre 1963 e 1967 e chegou a ser batizado e “Ponte do Brooklyn” pelas semelhanças com o famoso local em Nova York (EUA). O viaduto mede 1.182m.