1 de 1 Antonio Guterres secretário geral da ONU em Mariupol
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, elogiou o que chamou de resiliência e bravura do povo ucraniano. Nesta sexta-feira (29/4), em publicação no Twitter, Guterres afirmou: “Fiquei comovido com a resiliência e bravura do povo da Ucrânia. Minha mensagem para eles é simples: não vamos desistir.”
O líder da ONU garantiu que a entidade redobrará esforços para salvar vidas e reduzir o sofrimento humano. “Nesta guerra, como em todas as guerras, os civis sempre pagam o preço mais alto”, salientou.
A declaração ocorre após a Rússia atacar Kiev durante a passagem de Guterres pela cidade. Mais cedo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques aéreos russos.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
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“Isso diz muito sobre a verdadeira atitude da Rússia em relação às instituições globais”, criticou em pronunciamento gravado.
Ele acusou a Rússia de tentar “humilhar a ONU e tudo o que a organização representa”. Segundo Zelensky, cinco mísseis cruzaram os céus da cidade.
Dois mísseis de cruzeiro teriam atingido a região oeste da cidade na noite de quinta-feira (28/4), no horário local. Poucas horas antes, Guterres visitou a área para conhecer espaços onde os ucranianos encontraram corpos de civis depois da retirada das tropas do Kremlin.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
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