Secretário dos EUA assegura “compromisso sacrossanto com soberania”
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, faz visitas a Lituânia, Letônia e Estônia por causa da guerra na Ucrânia
atualizado
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Sem sinais de que a guerra terá um cessar-fogo, os Estados Unidos voltaram a defender a soberania dos territórios dos países. O conflito na Ucrânia chega nesta segunda-feira (7/3) ao 12º dia.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, faz visitas a Lituânia, Letônia e Estônia por causa da guerra na Ucrânia.
Blinken reafirmou que a soberania dos territórios da Ucrânia e dos países aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Os Estados Unidos têm um compromisso ‘sacrossanto’ com a garantia do Artigo 5º da aliança militar ocidental”, garantiu.
O secretário de Estado disse que o governo americano também irá ajudar a mídia independente para reduzir a desinformação sobre o conflito. Além disso, sem detalhar, afirmou que a cibersegurnaça será reforçada.
“Os países bálticos, muro da democracia, estão resistindo à maré de autocracia que Moscou tentar empurrar para cima da Europa”, finalizou.
Demonstrando extrema preocupação com os rumos que a guerra na Ucrânia está tomando, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, fez um apelo à comunidade internacional para que todos os esforços sejam aplicados para conter o conflito.
Crítica a Putin
Nesta segunda-feira, em um breve discurso, Nauseda criticou o presidente russo, Vladimir Putin. “Ele não vai parar na Ucrânia”, frisou. O líder lituano defendeu que o mundo tem a obrigação de ajudar os ucranianos “por todos os meios disponíveis”.
“Quero dizer, de fato, todos os meios se quisermos evitar a Terceira Guerra Mundial. A escolha está em nossas mãos”, afirmou. A declaração foi dada ao lado de Antony Blinken. O norte-americano faz visitas a Lituânia, Letônia e Estônia por causa da guerra na Ucrânia.
O aumento da violência no conflito está em escalada. Nem mesmo o acordo para a criação de corredores verdes, rotas de fuga em que não há bombardeios, foi cumprida pela Rússia.
Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
O recrudescimento dos ataques, com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis, fez a comunidade internacional impor sanções econômicas contra a Rússia.
Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multimilionários, não podem realizar transações na Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram a invasão.