metropoles.com

Se voltar, Evo Morales responderá à Justiça, diz Jeanine Áñez

Ex-mandatário reitera que sofreu golpe de Estado e afirma estar cogitando uma volta ao seu país ou uma viagem à Argentina

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Bolívia1
1 de 1 Bolívia1 - Foto: Reprodução

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse nesta sexta-feira (15/11/2019) que o ex-presidente Evo Morales pode voltar ao país do exílio no México, mas, caso retorne, deverá “responder à Justiça” por irregularidades nas eleições de outubro e por “denúncias de corrupção”.

“[Evo] Foi sozinho e, se voltar, sabe que tem que responder à Justiça. Há um crime eleitoral, há muitas denúncias de corrupção em seu governo”, afirmou Jeanine, em primeira reunião com a imprensa estrangeira no Palácio Quemado de La Paz, três dias depois de se autoproclamar presidente interina.

Evo, por sua vez, reiterou que sofreu um golpe de Estado e revelou estar analisando uma volta ao país ou uma viagem à Argentina. Nessa quinta-feira (14/11/2019), o novo presidente Alberto Fernández disse que o boliviano poderá se asilar na Argentina depois da posse.

“Não perco a esperança de, a qualquer momento, voltar à Bolívia e, se me aproximar da Bolívia por meio da Argentina, melhor ainda”, disse Evo, que está exilado no México desde terça-feira (12/11/2019), em entrevista à rádio El Destape, de Buenos Aires.

O ex-presidente boliviano agradeceu o apoio de Fernández. “Estamos analisando. Esperamos que um pouco mais de tempo passe antes de voltar à Argentina ou à Bolívia para continuar essa luta contra a ditadura”, afirmou.

Diferenças ideológicas
Evo disse entender as diferenças ideológicas com o atual presidente argentino, Mauricio Macri, que não descreveu o que aconteceu na Bolívia como um golpe de Estado, mas também não reconheceu as atuais autoridades do país vizinho.

O ex-chefe de governo negou ter fraudado as eleições de 20 de outubro, como alegam os opositores, e criticou o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), que questiona a transparência do pleito.

“A OEA aderiu ao golpe”, denunciou Evo, que prometeu que demonstraria que o relatório do órgão foi feito para “beneficiar as classes dirigentes”.

“Tenho muita esperança de que, com a participação de organizações internacionais, como as Nações Unidas, possamos iniciar o diálogo de pacificação”, disse. “Há uma porta aberta para pacificar a Bolívia. Se meu povo me pedir para voltar, estou disposto a retornar, mas com as garantias correspondentes”, esclareceu.

Voltando à normalidade
La Paz recuperava lentamente a tranquilidade nesta sexta depois de o governo de transição começar a dialogar com a oposição para destravar a grave crise política que atinge a Bolívia.

Apesar de não haver mais cenas de confrontos nas ruas da capital, as escolas seguem fechadas e ainda há escassez de combustível em razão das interrupções no abastecimento.

“Esta é uma etapa de transição. Vamos fazer os maiores esforços para que o país retorne à normalidade”, disse Jeanine Áñez a jornalistas nesta sexta.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?