Vacinas de Oxford e da Pfizer protegem da variante indiana, diz jornal
Financial Times teve acesso a dados de estudo ainda não publicado do governo britânico. Duas doses fornecem eficácia de 81%
atualizado
Compartilhar notícia
O jornal Financial Times obteve acesso a um estudo inédito do governo britânico sobre a eficácia das vacinas Oxford/AstraZeneca e BioNTech/Pfizer contra infecção sintomática da variante do coronavírus identificada na Índia. De acordo com os documentos, duas doses dos imunizantes forneceram 81% de proteção à B.1.617 e 87% contra a cepa B.1.1.7, identificada pela primeira vez em Kent, no sudeste da Inglaterra.
Apenas uma dose, no entanto, apresenta proteção de 33% contra infecção sintomática da cepa B.1.617 e 51% contra a B.1.1.7. O jornal ouviu duas pessoas que tiveram acesso a dados apresentados no Grupo de Aconselhamento sobre Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do Public Health England (PHE), agência do Departamento de Saúde britânico.
A variante indiana já chegou no Brasil. O governo do Maranhão confirmou, na quinta-feira (20/5), os primeiros casos no estado e no país. De acordo com o secretário da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, a cepa B.1.617 foi encontrada em seis amostras de testes realizados na tripulação que estava a bordo do navio MV Shandong Zhi, atracado no litoral.
Maior transmissibilidade
Na sexta-feira (21/5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os casos no Brasil estão isolados e são acompanhados pela Secretaria de Vigilância em Saúde.
“Lamentavelmente temos casos no Maranhão que foram detectados com a variante indiana. Seis pacientes foram detectados. Ontem [quinta-feira] falei logo cedo com o senhor Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão, que tem trabalhado em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde. Esses casos estão isolados e esperamos que haja uma contenção adequada para que essa variante não progrida no país”, disse o titular da pasta federal.