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Organização Mundial da Saúde declara fim do Ebola em Serra Leoa

Doença matou milhares de pessoas, além de prejudicar desenvolvimento econômico do país nos últimos anos

atualizado

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Ebola em Serra Leoa
1 de 1 Ebola em Serra Leoa - Foto: null

No último dia 7 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que Serra Leoa está livre do vírus ebola, que além de ter sido responsável pela morte de milhares de pessoas, também abalou e prejudicou o país em vários outros sentidos, principalmente economicamente. A declaração foi feita pelo diretor da agência da ONU para aquele país, Anders Nordstrom, que foi extremamente aplaudido ao anunciar o fim da epidemia.

Embora o vírus tenha sido identificado pela primeira vez na parte central do continente africano há quase quarenta anos, seu auge começou em 2013, quando a epidemia tomou conta de Guiné. Logo seus países vizinhos, Libéria e Serra Leoa, também viram seus territórios serem contaminados. Essas três nações concentraram quase que a totalidade dos casos da doença. Foram diagnosticados quase 30 mil casos, com mais de um terço de vítimas fatais, cerca de 11,5 mil mortes. Contudo, o médico brasileiro Sergio Cortes ressalta que, apesar desses números já serem alarmantes, a própria OMS assume que as proporções podem ser ainda bem mais assustadoras, já que muitos casos, tanto alguns fatais como outros que não mataram suas vítimas, não foram colocados nas estatísticas.

Sergio Cortes diz que Serra Leoa foi o segundo desses três países a ser declarado livre da doença, pois ainda em setembro desde ano a Libéria havia se livrado da epidemia, também segundo a OMS. Na verdade, o país está sob vigilância. São necessárias duas temporadas de 21 dias para a nação ser declarada livre do Ebola, o que aconteceu anteriormente na Libéria e agora em Serra Leoa. Contudo, o mesmo já havia acontecido na Libéria na primeira metade de 2015, mas posteriormente foram detectadas novas ocorrências da doença. Destarte, o país precisa ficar sob monitoramento por três meses

Diferentemente de seus dois vizinhos, a Guiné ainda não conseguiu, mesmo que parcialmente, livrar-se do vírus, já que em outubro a OMS confirmou a ocorrência de dois casos no país. Um desses casos aconteceu na capital, Conacri, o que deixa a situação ainda mais complicada, ressalta Sergio Cortes. Além disso, o médico também afirma que o país ainda pode levar algum tempo para acompanhar a evolução de seus vizinhos, já que, segundo a OMS, em outubro tinham quase 400 pessoas sob monitoramento no país, quase 150 avaliadas como de grande risco

Em Serra Leoa, a epidemia também causou enormes perdas econômicas, pois os investimentos no país foram reduzidos drasticamente graças aos efeitos do vírus, afirma Sergio Cortes. Seu principal mercado, a mineração, sofreu uma queda alarmante, o que influenciou negativamente em todos os setores econômicos. Muito devido à adoção de medidas consideradas drásticas, a exemplo disso o confinamento da população em duas ocasiões nos últimos dois anos, o que recebeu duras críticas de alguns órgãos, o país está conseguindo se reerguer. Segundo Cortes, mesmo assim, dados do Banco Mundial apontam que Serra Leoa deve ver sua economia ter grandes perdas em 2015, tendo uma queda de quase um quarto em seu Produto Interno Bruto (PIB).

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