Opas: baixa de casos de Covid nas Américas não pode virar complacência
Continente tem tido queda na quantidade de casos e mortes pelo coronavírus nas últimas oito semanas, mas a Opas pede cautela
atualizado
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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pede cautela em relação à pandemia de Covid-19 nas Américas. Com queda na quantidade de casos e óbitos pela oitava semana seguida, o continente está afrouxando as medidas restritivas.
“O progresso em nossa região não é razão para se tornar complacente ou descontinuar as medidas de saúde pública que ajudam a nos manter seguros”, alerta Jarbas Barbosa, subdiretor da Opas, em coletiva de imprensa.
Segundo o subdiretor, as Américas já contam com 1,2 bilhão de doses contra a Covid-19 administradas (cerca de 46% da população com esquema vacinal completo). A vacinação continua a ser vista como a principal medida de combate à pandemia: “É fundamental para todos nós mantermos o curso até que todos estejam vacinados e protegidos do vírus”, diz.
A maior dificuldade enfrentada na região é a desigualdade no acesso às vacinas. O consórcio Covax Facility já entregou 64,6 milhões de doses na região e deve acelerar as entregas nas próximas semanas, segundo a Opas.
Os países com dificuldades para vacinar a população são Haiti, Nicarágua, Jamaica, São Vicente e Granadinas e Guatemala. Nessas localidades, o índice de imunização continua abaixo de 20%. Pouco mais de 30 países das Américas alcançaram a meta da Opas, de 40% de cobertura vacinal até o fim de 2021.
O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE), da OMS, recomenda algumas estratégias para garantir a vacinação.
“Uma vez que aqueles em maior risco estão protegidos, o próximo passo é imunizar uma alta porcentagem da população adulta. Só depois disso os países devem considerar vacinar grupos mais jovens”, recomenda Barbosa. Ele também reforçou o pedido pela gestão das doses de reforço nos idosos e mais vulneráveis.