OMS faz reunião de emergência para discutir epidemia de ebola no Congo
A doença chegou a uma cidade portuária movimentada, segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Situação é preocupante
atualizado
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) marcou para esta sexta-feira (18/5) uma reunião de emergência para discutir o surto do vírus ebola na República Democrática do Congo. De acordo com os integrantes da OMS, é necessário considerar os riscos internacionais do avanço da doença no país africano, já que foi confirmado o primeiro caso em ambiente urbano.
Nesta quinta (17), a OMS confirmou mais um caso suspeito de contaminação do vírus no Congo. Até o momento, há 40 casos suspeitos e o registro de 23 pessoas que teriam morrido em decorrência da doença. É o nono surto no país desde a descoberta do vírus, em 1976.
Todos os contaminados vivem na região de Bikoro, perto do Rio Congo, a 150km da capital provincial Mbandaka, que é uma cidade portuária movimentada. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação é preocupante.“A chegada do ebola em uma área urbana é muito preocupante e a OMS e parceiros estão trabalhando juntos para ampliar rapidamente a busca por todos os contatos do caso confirmado na área de Mbandaka”, acrescentou o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
Trabalho unificado
Além da OMS, várias agências da Organização das Nações Unidas, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) e entidades humanitárias participam de ações conjuntas para tentar conter o surto da doença.
Foram montados centros de tratamento especial para o ebola. Nos próximos dias, a organização Médicos sem Fronteira calcula que estejam chegando suprimentos, incluindo kits médicos; de proteção e desinfecção; logísticos e de higiene, bem como medicamentos paliativos para Mbandaka.
Transmitido ao ser humano pelo contato com animais selvagens, e que pode ser passado de pessoa para pessoa, o vírus ebola é fatal, quando não tratado.
Um surto na África Ocidental em 2014 deixou mais de 11 mil mortos em seis países. Os sintomas são febre, cansaço, dores musculares, de cabeça e garganta, além de vômitos e diarreia.