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OMS declara fim do surto de Ebola na África Ocidental

No entanto, ainda segundo a organização, o mundo não pode ser totalmente declarado livre da doença que matou mais de 11.300 pessoas durante um período de dois anos

atualizado

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Morgana Wingard/USAID
A health care worker checks on patients admitted to the Ebola Treatment Unit in Island Clinic
1 de 1 A health care worker checks on patients admitted to the Ebola Treatment Unit in Island Clinic - Foto: Morgana Wingard/USAID

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (14/1) o fim do surto do vírus Ebola na África ocidental depois que nenhum novo caso surgiu na Libéria, mas afirmou, no entanto, que o mundo ainda não pode ser totalmente declarado livre da doença que matou mais de 11.300 pessoas durante um período de dois anos de surto.

A Libéria, que junto com Serra Leoa e Guiné, foi um epicentro do mais recente surto, foi o primeiro país a ser declarado livre da doença em maio do ano passado, mas novos casos surgiram duas vezes.

“Embora este seja um marco e um passo muito importante, temos que dizer que o trabalho ainda não está feito”, disse Rick Brennan, diretor de avaliação de riscos e resposta a emergências humanitárias da OMS, em uma entrevista coletiva em Genebra. “Isso é porque ainda há risco permanente de ressurgimento da doença devido à persistência do vírus na proporção de sobreviventes”, acrescentou.

Bruce Aylward, representante especial para o Ebola da OMS, disse em um comunicado que “o risco de reintrodução da infecção está diminuindo à medida que o vírus desaparece gradualmente a partir da população sobrevivente, mas nós ainda não descartamos um retorno e devemos estar preparados para isso”.

Segundo Brennan, o vírus pode persistir nos fluidos corporais de alguns sobreviventes – e o mais importante, no sêmen dos sobreviventes masculinos por um período de até 12 meses. Ele disse que a OMS estima que há cerca de 1.200 sobreviventes na Guiné, 5 mil em Serra Leoa e 4 mil na Libéria.

A doença surgiu pela primeira vez na Guiné rural em dezembro de 2013 e se espalhou para a capital do país e além das fronteiras com a Libéria e Serra Leoa. Casos também apareceram no Mali, Senegal e Nigéria.

 

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