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Obesidade atinge quase um terço da população mundial

A pesquisa mostra que cerca de 108 milhões de crianças e 604 milhões de adultos tinham IMC indicando obesidade, em 2015

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Um estudo científico divulgado pelo Instituto para Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) nesta segunda-feira (12/06) mostra que a proporção de pessoas obesas na população mundial aumentou exponencialmente, especialmente entre as crianças. De acordo com os dados coletados pelo instituto americano, localizado em Seattle, cerca de 2,2 bilhões de pessoas estavam, ao menos, acima do peso em 2015 – o que equivale a cerca de 30% da população mundial.

A percentagem de pessoas obesas dobrou em mais de 70 países – e subiu constantemente na maioria dos outros Estados – entre 1980 e 2015, segundo publicação da equipe internacional de pesquisadores na revista científica New England Journal of Medicine.

“Excesso de peso corporal é um dos problemas de saúde mais desafiadores na atualidade e afeta quase uma em cada três pessoas”, afirmou o principal autor do estudo, Ashkan Afshin. Especifica-se como sobrepeso uma pessoa que apresentar um índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29,9 – em caso de IMC acima de 30, especialistas falam em obesidade. Para calcular o índice de massa corporal, basta dividir o peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).

Segundo o IHME, cerca de 108 milhões de crianças e 604 milhões de adultos tinham IMC que indica obesidade em 2015. Com uma cota de 13%, os EUA são recordistas na taxa de obesidade de crianças e adultos jovens entre os 20 países mais populosos do mundo. Entre adultos, a obesidade no Egito detém o maior percentual populacional – 35%.

Por outro lado, a forma extrema de sobrepeso é bastante rara em Bangladesh – onde foi registrado 1,2% de pessoas obesas com idade inferior a 20 anos – e Vietnã, onde a obesidade atinge somente 1,6% da população adulta.

Risco para a saúde
A pesquisa do IHME apontou que cerca de 4 milhões de pessoas morreram em 2015 em decorrência de seus elevados pesos. Dois terços das mortes foram causados por doenças cardiovasculares. Em seguida, aparecem na lista diabetes (cerca de 15%), doenças renais crônicas e câncer.

No entanto, os números crescentes refletem uma tendência importante, segundo Rühli. “Este é um problema sobretudo entre os jovens”, disse. Atualmente existem mais possibilidades de consumir calorias em excesso e, ao mesmo tempo, muitas pessoas vêm queimando menos calorias.

No Brasil
Em abril, o Ministério da Saúde apresentou a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que indicou um aumento de obesidade no Brasil em 60% nos últimos dez anos. Em 2006, 11,8% dos brasileiros eram obesos – em 2016, pulou para 18,9%. Ou seja, quase um em cada cinco brasileiros está obeso. O excesso de peso também subiu de 42,6% para 53,8% no período.

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